HAVANA, 10 Jul (Reuters) - Uma exposição de retratos fotográficos e pintados do líder cubano Fidel Castro tem como objetivo permitir a preservação do "mito" num momento de raras aparições físicas dele, disseram nesta terça-feira artistas envolvidos no projeto.
A exposição "O Rosto da História", em cartaz até 30 de agosto na Casa Cultural da Alba, em Havana, inclui 20 fotografias feitas por Alex Castro Soto del Valle, filho do ex-presidente cubano, além de retratos em branco e preto do artista italiano Franco Azzinari.
Fidel, que completa 86 anos em 13 de agosto, deixou a presidência cubana em 2006, quando um problema de saúde o obrigou a ceder o cargo ao seu irmão caçula, Raúl, primeiro de forma interina, e depois definitivamente.
Muitos cubanos sentem falta dos seus longuíssimos discursos e das suas frequentes aparições públicas.
Em entrevista à TV Reuters, o filho de Fidel disse que a exposição "mostra o homem como tal, em sua forma de pensar, sua forma de se comunicar com as pessoas".
"Fidel Castro é um cubano a mais entre nós, se expressa com as mãos, se expressa com o olhar, se expressa com os gestos, e isso é o que tentamos captar nesta exposição", acrescentou.
O catálogo da exposição, na qual Fidel é visto gesticulando, de cenho franzido e com gestos enfáticos, diz que os retratos "fazem transcender o mito, o abordam como símbolo e como a pessoa que é, sem cair em sensacionalismos, a partir do homem e da sua essência e expressão mais humana".
Azzinari, que apresentou sua versão de Fidel em cerca de 20 retratos monocromáticos, disse que "a figura de Fidel é mítica, uma lenda viva, e acho que toda pessoa quer conhecê-lo, tocá-lo, vê-lo uma vez na vida".
Nos retratos do italiano, Fidel aparece com frequência sério e pensativo.
Desde que adoeceu, Fidel se dedica a escrever artigos sobre temas internacionais e a receber esporadicamente personalidades estrangeiras em sua casa.
Em meados de junho, ele surpreendeu muita gente ao publicar mensagens cifradas e curtas pelo Twitter, em vez dos longos e intermitentes artigos conhecidos como "reflexões".
(Reportagem da Reuters TV)
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