quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Morre do jornalista Joelmir Beting


Ele estava internado desde o dia 22 e no domingo (25) sofreu um AVE.
Joelmir Beting tinha 75 anos e deixa dois filhos.



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Raí, em parceria com jornalista André Plihal, lança livro sobre Mundial de Clubes de 1992.


O São Paulo completa no dia 13 de dezembro 20 anos da conquista de seu primeiro Mundial Interclubes. Para não deixar a data passar sem festa, o ex-meia Raí lançou na segunda-feira 26 de novembro o livro ?1992 ? O mundo em três cores?, contando os bastidores e os momentos de superação daquela equipe. Em parceria com o repórter dos canais ESPN André Plihal, Raí explica que as histórias podem até servir como exemplos para o atual elenco são-paulino e também para profissionais de outras áreas.

Fonte: http://espn.estadao.com.br

Instituto de Cinema Americano elege 100 melhores filmes do século XX



DESENHOS ANIMADOS: 
1. "Branca de Neve e os Sete Anões" (1938)
2. "Pinóquio" (1940)
3. "Bambi" (1942)
4. "O rei Leão" (1994)
5. "Fantasia" (1942)
6. "Toy Story" (1995)
7. "A Bela e a Fera" (1991)
8. "Shrek" (2001)
9. "Cinderela" (1950)
10. "Procurando Nemo" (2003)

COMÉDIA ROMÂNTICA: 
1. "Luzes da cidade" (1931), de Charles Chaplin
2. "Noivo neurótico, noiva nervosa" (1977), de Woody Allen
3. "Aconteceu naquela noite" (1934), de Frank Capra
4. "A princesa e o plebeu" (1953), de William Wyler
5. "Núpcias de escândalo" (1941), de George Cukor
6. "Harry e Sally" (1989), de Rob Reiner
7. "A costela de Adão" (1949), de George Cukor
8. "Feitiço da lua" (1987), de Norman Jewison
9. "Ensina-me a viver" (1971), de Hal Ashby
10. "Algo para recordar" (1993), de Nora Ephron

FAROESTE: 
1. "Rastros de ódio" (1956), de John Ford
2. "Matar ou morrer" (1952), de Fred Zinnemann
3. "Os brutos também amam" (1953), de George Stevens
4. "Os imperdoáveis" (1992), de Clint Eastwood
5. "Rio vermelho" (1948), de Howard Hawks
6. "Meu ódio será sua herança" (1969), de Sam Peckinpah
7. "Butch Cassidy" (1969), de George Roy Hill
8. "Jogos e trapaças - Quando os homens são homens" (1971), de Robert Altman
9. "No tempo das diligências" (1939), de John Ford
10. "Dívida de sangue" (1965), de Elliot Silverstein

ESPORTIVOS:
1. "Touro indomável" (1980), de Martin Scorsese
2. "Rocky" (1976), de John G. Avildsen
3. "Ídolo, amante e herói" (1942), de Sam Wood
4. "Momentos decisivos" (1986), de David Anspaugh
5. "Sorte no amor" (1988), de Ron Shelton
6. "Desafio à corrupção" (1961), de Robert Rossen
7. "Clube dos pilantras" (1980), de Harold Ramis
8. "Correndo pela vitória" (1979), de Peter Yates
9. "A mocidade é assim mesmo" (1944), de Clarence Brown
10. "Jerry Maguire - A grande virada" (1996), de Cameron Crowe

MISTÉRIO: 
1. "Um corpo que cai" (1958), de Alfred Hitchcock
2. "Chinatown" (1974), de Roman Polanski
3. "Janela indiscreta" (1954), de Alfred Hitchcock
4. "Laura" (1944), de Otto Preminger
5. "O terceiro homem" (1949), de Carol Reed
6. "O falcão maltês" (1941), de John Huston
7. "Intriga internacional" (1959), de Alfred Hitchcock
8. "Veludo azul" (1986), de David Lynch
9. "Disque M para matar" (1954), de Alfred Hitchcock
10. "Os suspeitos" (1995), de Bryan Singer

FANTASIA: 
1. "O mágico de Oz" (1939), de Victor Fleming e King Vidor
2. "O senhor dos anéis: A sociedade do anel" (2001), de Peter Jackson
3. "A felicidade não se compra" (1947), de Frank Capra
4. "King Kong" (1933), de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack
5. "Milagre na Rua 34" (1947), de George Seaton
6. "Campo dos sonhos" (1989), de Phil Alden Robinson
7. "Harvey" (1950), de Henry Koster
8. "Feitiço do tempo" (1993), de Harold Ramis
9. "O ladrão de Bagdá" (1924), de Raoul Walsh
10. "Quero ser grande" (1988), de Penny Marshall

FICÇÃO CIENTÍFICA: 
1. "2001: Uma odisséia no espaço" (1968), de Stanley Kubrick
2. "Guerra nas estrelas" (1977), de George Lucas
3. "E.T. - O Extraterrestre" (1982), de Steven Spielberg
4. "Laranja mecânica" (1971), de Stanley Kubrick
5. "O dia em que a Terra parou" (1951), de Robert Wise
6. "Blade Runner - O caçador de andróide" (1982), de Ridley Scott
7. "Alien - O oitavo passageiro" (1979), de Ridley Scott
8. "O exterminador do futuro 2: O julgamento final" (1991), de James Cameron
9. "Vampiros de almas" (1956), de Don Siegel
10. "De volta para o futuro" (1985), de Robert Zemeckis

GÂNGSTERES: 
1. "O poderoso chefão" (1972), de Francis Ford Coppola
2. "Os bons companheiros" (1990), de Martin Scorsese
3. "O poderoso chefão 2" (1974), de Francis Ford Coppola
4. "Fúria sanguinária" (1949), de Raoul Walsh
5. "Bonnie e Clyde" (1967), de Arthur Penn
6. "Scarface: A vergonha de uma nação" (1932), de Howard Hawks
7. "Pulp Fiction - Tempo de violência" (1994), de Quentin Tarantino
8. "O inimigo público" (1931), de William A. Wellman
9. "Alma no lodo" (1931), de Mervyn Leroy
10. "Scarface" (1983), de Brian de Palma

TRIBUNAIS: 
1. "O sol é para todos" (1962), de Robert Mulligan
2. "12 homens e uma sentença" (1957), de Sydney Lumet
3. "Kramer vs. Kramer" (1979), de Robert Benton
4. "O veredicto" (1982), de Sydney Lumet
5. "Questão de honra" (1992), de Rob Reiner
6. "Testemunha de acusação" (1957), de Billy Wilder
7. "Anatomia de um crime" (1959), de Otto Preminger
8. "A sangue frio" (1967), de Richard Brooks
9. "Um grito no escuro" (1988), de Fred Schepisi
10. "Julgamento em Nuremberg" (1961), de Stanley Kramer

ÉPICO:
1. "Lawrence da Arábia" (1962), de David Lean
2. "Ben-Hur" (1959), de William Wyler
3. "A lista de Schindler" (1993), de Steven Spielberg
4. "...E o vento levou" (1939), de Victor Fleming
5. "Spartacus" (1960), de Stanley Kubrick
6. "Titanic" (1997), de James Cameron
7. "Nada de novo no front" (1930), de Lewis Milestone
8. "O resgate do soldado Ryan" (1998), de Steven Spielberg
9. "Reds" (1981), de Warren Beatty
10. "Os dez mandamentos" (1956), de Cecil B. DeMille

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL606182-7086,00.html


domingo, 25 de novembro de 2012

7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul


7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul chega ao Brasil com 37 filmes, de oito países, na bagagem.
Em São Paulo a programação vai de 22 a 29 de novembro no CineSESC, na Cinemateca Brasileirae no Cine Eldorado, em Diadema. Alguns dos temas tratados são desemprego, diversidade sexual, ditadura militar e violência doméstica. Aliás, a Lei Maria da Penha, que mudou o Código Penal Brasileiro punindo agressores de mulheres, inspirou os brasileiros "O Silêncio das Inocentes", de Ique Gazzola, e o curta "Maria da Penha: Um Caso de Litígio Internacional", de Felipe Diniz.
A Mostra foi criada para celebrar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948.
As sessões são gratuitas, além de terem audiodescrição e closed caption, garantindo a acessibilidade a deficientes visuais e auditivos.

Os escritores vietnamitas enfrentam tabus
Os slogans oficiais, o nacionalismo e o realismo socialista já não convencem a nova geração. Uma literatura marginal, provocadora e transgressiva se difunde em textos fotocopiados ou por meio da internet. E fala de corrupção, sexo, drogas e da busca de sentido para a existência
por Jean-Claude Pomonti
Mais de dois terços dos vietnamitas nasceram depois de 1975. O heroísmo do passado, embora ainda próximo, não é mais a única referência, mesmo que inscrito na história de um país que lutou, ao longo dos séculos, por sua independência e unidade. “No coração da literatura oficial, a fé em uma dupla emancipação, social (pelo marxismo-leninismo) e nacional (pela guerra), deu lugar aqui à ausência de ideal na juventude do pós-guerra”1, avalia Doan Cam Thi, crítico literário sediado em Paris.
Tanto no centro como na periferia do Partido Comunista, a nova tendência gera inquietações. Mas os vazios, muitas vezes, apenas indicam o surgimento de sociedades mais complexas. A dicotomia oficial – bons e maus – torna-se indistinta com o passar dos anos. Doan Cam Thi retoma desse modo, a respeito do Vietnã, a expressão de Karl Marx sobre os países “tão pobres de heróis quanto de acontecimentos”. Em uma novela muito breve, o escritor Do Khiem, que vive entre a França, os Estados Unidos e o Vietnã, cita Kiê, a infeliz heroína de um grande romance clássico vietnamita do século XIX: “Por vezes, mal desfio a meada que os entrelaça, os fios se emaranham de novo”. Mas Do Khiem, cujos escritos são muito apreciados nos jovens círculos literários vietnamitas, o faz para afirmar o contrário: “Não me prendo a ninguém”2.
No período subseqüente às Guerras da Indochina, uma geração de escritores talentosos se debruçou sobre a miséria dos combates e as desilusões advindas da vitória. A maior parte era originária do Norte e saída das fileiras vencedoras. Nguyen Huy Thiep, Bao Ninh, Duong Thu Huong e Pham Thi Hoai encabeçavam a fila. Seu olhar sobre a guerra e a sociedade que dela emergiu dominou os escritos da época das primeiras reformas, determinadas pelo Partido Comunista em 1986, e da abertura do Vietnã para o resto do mundo. Outros igualmente relataram as cicatrizes deixadas pela brutal reforma agrária de 1955-19563 ou as ondas de repressão posteriores.
Circulação às escondidas
Nos anos 90, Hanói tornou-se assim o centro de uma renovação literária cuja repercussão no exterior foi ainda maior pelo fato de alguns escritos serem proibidos e circularem apenas às escondidas, ainda que por vezes de forma pródiga. O surgimento dessa geração de escritores significou provavelmente um golpe definitivo na literatura oficial, que bebia na fonte do realismo socialista. Era o fim de um mito ou de uma hipocrisia. O Vietnã vivera convulsões, não uma revolução. Diante da profusão de escritores que eram também pesquisadores, os ideólogos oficiais não encontraram outra resposta senão a censura ou a reescrita, notadamente a que era praticada pelos manuais de história. O grande público permaneceu à distância: tratava-se já então de um combate travado na retaguarda.
Desse modo, a censura não foi exercida, no mais das vezes, senão a posteriori. Tratava-se, de fato, de uma pressão sobre os editores, que corriam o risco de ver as obras publicadas serem retiradas de circulação. Prova disso foi a proibição, pouco após o lançamento, do Récit de l’an 2000, publicado pelas edições Thanh Nien (A Juventude). Bui Ngoc Tan relata nessa obra as duras condições sob as quais ficou preso, três décadas antes, no contexto de uma campanha contra os revisionistas. O livro foi destruído por ordem das autoridades, poucas semanas depois de ter sido posto à venda. Por outro lado, em março de 2005, Chinatown, um romance de Thuan, jovem escritor da diáspora vietnamita na França, viu-se publicado em seu país natal, e seus livros venderam mais que pãozinho quente. A iniciativa de publicá-lo no Vietnã foi ainda mais interessante porque a obra aborda o delicado tema da humilhação sofrida pela comunidade chinesa após a eclosão da guerra fronteiriça entre a China e o Vietnã, em 1979. Antes disso, o tema parecia tabu.
A abertura em curso não diz ainda como será escrita a página em branco virada na passagem do século. Os autores do período das primeiras reformas puseram novamente em questão, com força e talento, o mito da história oficial e o realismo socialista. À exceção de Duong Thu Huong, ativista dos direitos humanos4, eles têm talvez menos propostas relativas ao futuro. De sua parte, o PC, o “Pai da Vitória”, imagina renovar sua legitimidade apoiando-se em três pilares: expansão econômica, luta contra os “fenômenos negativos” (corrupção, degradação dos costumes) e retomada dos valores nacionais (ou, se preferirmos, históricos). Substituir uma “solidariedade internacional” em pleno desaparecimento pela imagem de Confúcio talvez traga conforto a uma população já há tanto tempo bombardeada por slogans vazios que nem mais lhes dá atenção. Mas as aspirações estão em outro lugar.
Em busca de outras referências
Mesmo nos rincões mais distantes do país, os cibercafés proliferam. Uma juventude muitas vezes desocupada descobre um mundo sem fronteiras5. A rede conduz a uma viagem a outro lugar, à busca de outras referências. Ela rompe com um sem-número de obstáculos. Alguns jornais organizam assim chats muito concorridos com autores de todas as tendências, inclusive os da diáspora. Fronteiras desaparecem e, na busca por valores, a “horizontalidade” vai, pouco a pouco, sobrepujando a “verticalidade”. Os jovens procuram o horizonte das respostas, para além do hábito de esperar que a boa nova venha de cima.
Cada qual em sua praia. “O governo quer abrir as portas para os jovens poetas e escritores, mas impõe limites. Gostaria, segundo a tradição, que escrevêssemos sobre os heróis da guerra. Mas não podemos fazê-lo, pois não a vivemos. Nós falamos de sexo”, conta Lynh Barcadi, nome literário de uma jovem poetisa que, na Cidade de Ho-Chi-Minh, integra um pequeno grupo político feminino chamado “Louva-a-Deus”, cuja fêmea supostamente come o macho após o acasalamento.
“Os jovens abordam tabus: o retrocesso da luta de classes, a droga, a degradação do ensino público, o homossexualismo”, explica uma crítica de arte da Cidade de Ho Chi Minh, seduzida pela audácia deles. Para além do evidente “engajamento”, Doan Cam Thi evoca, de sua parte, uma “literatura intimista digna de interesse”, pois “o eu é parte integrante do mundo”. “Sem fechar os olhos para os problemas da sociedade”, acrescenta, “eles nos falam de sua vida, de suas preocupações, de seus sonhos, de seus sofrimentos; ao descrever um mundo opaco, ao mergulhar nas regiões turvas do inconsciente, eles desconcertam os leitores e criam um mal-estar.”
Ly Doi é o porta-voz de um grupo de “antipoetas” chamado Mo Mieng (“Abrir a Boca”), fundado em 2000 na periferia da Cidade de Ho Chi Minh. Ele carrega um pouco demais nas tintas em um curto texto divulgado na rede no ano passado:
“Experimento uma sensação não pela tradição, mas por espaços imensos.
Experimento sozinho uma sensação por minha época, não tenho ligação alguma com os outros.
Não pertenço a nenhum princípio, nenhum partido político, nenhuma religião, nenhuma ideologia, nenhuma organização; diabo, eu pertenço a mim mesmo.
Experimento uma sensação pela liberdade primitiva e por meu verdadeiro rosto.
Quero declarar guerra a tudo que depende da ordem comercial: os museus, os críticos, os historiadores da arte, os estetas e esses que alguns chamam de ‘forças culturais’.
Estou convencido de que a verdadeira arte não nasceu, pois a verdadeira liberdade e a verdadeira justiça não foram estabelecidas.
A liberdade não nasceu, a obra-prima da liberdade também não”6.
Esses jovens escritores caminham na fronteira do niilismo. São por vezes demasiado grosseiros, mas não vulgares. Manejam a provocação com um apetite sério, a fim de fazer “cair as máscaras” e oferecer um sopro de ar fresco. “A provocação na linguagem não é essencial. Essencial é recorrer a uma linguagem popular, uma linguagem corrente; essencial é a honestidade”, explica Ly Doi. Eles não procuram publicar seus escritos e sua assim chamada “casa editora”, Giay Vun (Papel Usado), distribui fotocópias e CDs. Estudantes em processo de envelhecimento, reivindicam sua marginalidade e escrevem utilizando o linguajar popular do Sul, sem dissimular-lhe as grosserias. Seus escritos se pretendem a expressão dos bairros populares de onde eles se originam, uma literatura de bui doi (“poeira de vida”), mas bui doi dotada de bagagem cultural e histórica sólida.
“Cidadãos do mundo”
Hesitante, sua abordagem é uma busca da alternativa, tanto no pensamento como na expressão. Eles são influenciados por um de seus representantes mais velhos, autoproclamado “cidadão do mundo”, Tran Quoc Chanh, enfant terrible da cena literária da Cidade de Ho Chi Minh, autor de um poema (“Cabeças pensantes, vão tomar no c…!”) que provocou sensação no microcosmo literário vietnamita. É a recusa de caminhos batidos. Eles são talvez, também, o reflexo de uma juventude que busca combater o vazio, o tédio, a angústia, em lugar de se refugiar na droga, no sexo ou no dinheiro. “Um desejo de viver, nada mais, viver de outra forma, pensar diferente de seus predecessores”, resume Doan Cam Thi.
No coração do PC, antigos resistentes se dão conta de que um partido ao mesmo tempo ator e juiz provoca uma situação sem horizonte. Carente de contrapeso e de diálogo, torna-se incapaz de oferecer um projeto de verdade. Um especialista francês evoca “o vazio extraordinário deixado pelos ‘novos pensadores’ capitalistas-marxistas vietnamitas em matéria de ideologia, mensagem, moral e ética, de tal modo estão atolados em seu sistema”. A retomada da tradição e da exaltação do nacionalismo não basta para cobrir o buraco. A tendência seria antes aprofundá-lo, acentuar o descompasso entre o poder político e uma sociedade lutando com uma situação inteiramente nova: o Vietnã unificado e independente deve gerar, pela primeira vez desde o século XIX, não apenas sua coexistência com a China, mas também seu lugar no seio da mundialização.
Em A nos vingt-ans, crônica romanceada publicada em francês em 2005 (Aube), Nguyen Huy Thiep evoca uma juventude dissoluta cuja única salvação reside na volta à natureza e às tradições. Produto de uma desilusão pessoal, essa crônica é de uma originalidade limitada: o autor se mete – ou tenta fazê-lo – na pele de um adolescente de boa família que mergulha no universo das drogas e das gangues. Dele só sairá após ter sido deixado em uma ilha da baía de Along, onde forçosamente passa por uma desintoxicação antes de ser recolhido por pescadores que lhe fazem retomar o gosto pela vida. A notícia da morte do pai, escritor conhecido e de conduta irrepreensível, provoca então o saudável clique do arrependimento. Tudo volta assim à ordem.
Por ocasião do trigésimo aniversário de 1975, Thiep escreveu que “hoje, para cobrir a perda dos valores tradicionais, perseguimos um modo de vida materialista, violento, hedonista”7. Ele acrescenta que “a corrupção é uma catástrofe que não conseguimos conter”, que as “malversações contaminam o espírito da juventude”. Essa visão simplista no entanto não representa uma solução de verdade, porque o retorno à natureza e à ordem tradicional, igualmente apregoado pelo poder, é utópico. A contradizê-la está a eclosão da nova geração de escritores cujas preocupações são de ordem bem diferente.
O Vietnã é um país cuja dinâmica foi retomada depois de trinta anos de guerra, após uma década de erros e mais outra de hesitações. Um artista da diáspora vietnamita residente nos Estados Unidos, Dinh Q. Le, assim explicou o árduo avanço dos vietnamitas: “Essas pessoas vêm lutando há vinte anos. Não fazem a menor idéia de como administrar um país. Avançam, recuam, depois voltam a avançar. Mas também se pode encontrar nessa sociedade algo que a distingue no Sudeste Asiático: um ímpeto por melhorar a si mesma, por fazer alguma coisa com sua vida”8.

Jean-Claude Pomonti é jornalista.

Fonte:http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=101

sábado, 24 de novembro de 2012

Mulher no Volante


No ano de 1958, pela primeira vez a Fórmula 1 teve uma mulher piloto alinhando no grid. Foi a italiana Maria Teresa de Filippis. Ela tentou se classificar para 5 grandes prêmios, quatro deles pela equipe Maserati e um pela Porsche. Classificou-se para três deles. Sua melhor atuação foi em sua segunda corrida, na Bélgica em 1958, quando largou na 15ª colocação e terminou na 10ª.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3rmula_1#As_cores_dos_carros

Arte Animal


Pesquisadores da Universidade de Haifa, em Israel, observaram como um bonobo desenvolveu suas próprias ferramentas a partir de rochas e pedaços de madeira para obter comida. 
Segundo uma notícia publicada pelo site New Scientist, os pesquisadores estudando Kanzi (o genial bonobo de 30 anos) costumam apresentar problemas ao animal para observar como ele se sai. No caso das ferramentas, os cientistas entregaram a Kanzi e a outro símio um pequeno tronco de madeira contendo comida escondida em seu interior. 
Embora o companheiro de Kanzi tenha desistido de abrir o tronco depois de algumas tentativas, obtendo a comida após estraçalhar o objeto no chão, Kanzi decidiu empregar um método mais sofisticado e longo para chegar ao alimento. 
O bonobo desenvolveu diversas ferramentas que permitiram que ele retirasse o alimento não só de um tronco, mas de um total de 24 deles, enquanto o outro animal conseguiu fazer o mesmo com apenas dois. Além disso, segundo os pesquisadores, um dos aspectos mais impressionantes com relação às ferramentas criadas por Kanzi é a semelhança com as que os antigos hominídeos utilizavam há milhares de anos. 

Fonte: http://www.cenp.org.br/noticias_eventos_ver.php?idConteudo=84

sexta-feira, 23 de novembro de 2012



Estão abertas as inscrições para a Antologia da Scortecci de Poesias, Contos e Crônicas PALAVRAS DESAVISADAS DE TUDO.
Serão 50 vagas ou até 250 páginas ou data limite de31 de agosto de 2013, o que completar ou atingir primeiro.

Atenção: restam apenas 15 vagas!

O tema é livre.
A Antologia será editada por nome de Autor em ordem alfabética que poderá usar ou não nome literário.

Cada Autor poderá participar com Poesias, Contos ou Crônicas desde que o número de páginas não ultrapasse o limite máximo de 5 (cinco) páginas.
Regulamento completo e taxa de participação: Aqui
Ficha de Inscrição: Aqui

Grupo Editorial Scortecciwww.scortecci.com.br
antologia@scortecci.com.br

Sarau do Centro da Terra


Até  28/11/2012 às últimas quartas-feiras do mês às 20h30
O Sarau do Centro da Terra acontece sempre às últimas quartas-feiras de cada mês, às 20h30.
Gratuito, sujeito à lotação do espaço.
A taverna, com entrada a 50 m do Teatro do Centro da Terra, é parte do cenário da peça O Ilha do Tesouro, de autoria de Ricardo Karman, com cenografia de José de Anchieta e em cartaz desde 2005. O lugar comporta aproximadamente 40 pessoas.

O singular espaço, proporcionado pela Taverna, é o complemento ideal para o sarau, cujo nome foi dado em
homenagem ao livro homônimo de Álvares de Azevedo. Escritos em prosa, Noite na Taverna são contos macabros, com histórias de amor, lascívia e morte. Seus personagens são devassos que se apaixonam por mulheres perdidas ou virgens misteriosas que terminam por perder-se.

Essa atmosfera do do século XIX, de exagerado romantismo, é revisitada por Karman no Sarau do Centro da Terra. E, assim como no livro de Álvares de Azevedo, pessoas se reunem em torno de uma mesa para beber e conversar. Poetas e simpatizantes recitam poesias, textos curtos e músicas de sua própria autoria ou escolhidas de um cardápio poético especialmente elaborado por Frederico Barbosa. 

A duração é de 1h15, com início sempre às 20h30. A taverna funciona de verdade e os convidados são recebidos pelo anfitrião Ricardo Karman acompanhado pelo músico e doutor em comunicação e semiótica Sergio Basbaum.
São noites poéticas e autóctones, autenticamente paulistanas. 

Duração: 1h15
Lotação: 40 pessoas
Local: Rua Piracuama, 19, Sumaré
05017-040, São Paulo, SP, Brasil
Tel/Fax: +55 (11) 36751595
teatro@centrodaterra.com.br

ADOÇÃO RESPONSÁVEL


O Internacional Shopping Guarulhos promove neste fim de semana uma  programação variada e gratuita para os clientes que inclui palestras, exames médicos e conscientização quanto aos cuidados ao adotar um animal de estimação com a Feira de Adoção de Cães e Gatos.
A tradicional feira será realizada em parceria com o curso de Medicina Veterinária da Universidade Guarulhos (UnG). No local, animais que já foram castrados e vacinados estarão disponíveis para adoção, com opções de adultos e filhotes.
A feira, que ocorre uma vez por mês, tem o objetivo de incentivar a população a adotar animais que foram abandonados nas ruas da cidade e que são cuidados pela ONG Deixe Viver, com o suporte do Hospital Veterinário Vila Matilde Animaniac’s e da Universidade Guarulhos (UnG).
ADOÇÃO RESPONSÁVEL
Para levar um mascote para casa, é preciso ter mais de 18 anos, portar cópia do RG, CPF e um comprovante de residência, além de doar R$ 30,00 para a ONG Deixe Viver. No ato da adoção, o interessado assina um termo de responsabilidade pelo animal, se comprometendo a cuidar bem dele. Os cães e gatos que forem adotados poderão receber atendimento gratuito na clínica de veterinária da Universidade Guarulhos (UnG), sempre que necessário.

Local: Internacional Shopping Guarulhos. Rod. Presidente Dutra, km 230 – Itapegica – Guarulhos/ SP.
Contato: 2414-5000.

Tony Bennett em Porto Alegre


Tony Bennett é uma lenda viva da música popular americana e do jazz. Desde seu surgimento no cenário musical, no começo dos anos 50, até os dias de hoje, o cantor mantém-se na ativa, consolidando uma carreira que o transformou, aos olhos da crítica, em um dos mais importantes nomes surgidos no cenário musical internacional no século XX. Bennett ganhou 17 prêmios Grammy, incluindo o prestigiado Grammy Lifetime Achievement Award – o primeiro em 1963, os dois mais recentes em 2012 pelo disco “Duets II”, dois Emmys (o Oscar da TV), tem uma estrela na calçada da Fama, em Hollywood, foi escolhido para integrar o Hall da Fama das Big Bands e do Jazz, recebeu o prêmio “Cidadão do Mundo” das Nações Unidas, entre tantas outras honrarias.
Tony Bennett integra a seleta lista dos artistas que mais venderam em todo o mundo – foram 50 milhões de cópias só nos Estados Unidos de seus mais de 70 discos. Apesar de seus 85 anos, continua gravando e fazendo turnês por todo o mundo e seus shows são, até hoje, considerados verdadeiros acontecimentos.
O público brasileiro terá em dezembro uma nova oportunidade de assistir a este acontecimento: a XYZ Live traz o astro para três apresentações no país. Ele sobe ao palco do, no Teatro do Sesi, no dia 04 de dezembro.
Fonte:http://www.livepass.com.br/tony-bennet/

quarta-feira, 21 de novembro de 2012



"A educação faz um povo fácil de ser liderado, mas difícil de ser dirigido; fácil de ser governado, mas impossível de ser escravizado"
Henry Peter.

Festivais de cinema ‘on demand’


RIO - Quando os arautos da internet anunciaram que a tecnologia diminuiria distâncias, aproximaria pessoas e apressaria a troca de informações, talvez não imaginassem que ela mudaria também nossa relação com o cinema. Ao oferecer todos os seus filmes no ciberespaço, a terceira edição do festival 4+1, que acontece entre os dias 21 e 25, tendo como sede física o cinema do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), se firma em um novo modelo de mostra que começa a ser adotado até pelas grandes maratonas cinematográficas internacionais, como o Festival de Veneza, o mais antigo do planeta, que este ano liberou na web uma de suas mostras paralelas quase inteira, com títulos inéditos.
A programação do 4+1, que ocorre simultaneamente em cinco cidades (Bogotá, Buenos Aires, Cidade do México, Madri e Rio), é composta por títulos premiados em outros festivais estrangeiros, mas ainda sem distribuidor nos países-sede, como “4:44 Last day on Earth”, de Abel Ferrara, “Crazy Horse”, de Frederick Wiseman, e “Verano”, de José Luís Torres Leiva”, entre outros 11 títulos.

A possibilidade de exibir filmes on-line atende a uma demanda que as salas de cinema tradicionais não conseguem suprir — diz Pablo Jiménez Burillo, diretor geral do Instituto de Cultura da Mapfre, a fundação espanhola promotora do 4+1, explicando a opção pela iniciativa, já arriscada no ano passado. — Notamos que os espectadores distantes das cidades-sede, que não podem desfrutar diariamente de uma oferta cultural variada, encontram no festival uma proposta atrativa. Somos, assim, um dos pioneiros em apostar na convivência entre espaços físicos e as janelas de exibição on-line.
Em termos práticos, pode ser o fim das inconveniências dos deslocamentos. É também uma forma de adequação aos novos tempos e, consequentemente, aos novos cinéfilos, que hoje assistem a filmes em computadores, celulares, iPads e outros gadgets eletrônicos. Inspirado em festivais como o de Roterdã, na Holanda, e o My French Films, da Unifrance, organização responsável por promover filmes franceses, que vêm disponibilizando parte de seus títulos na internet, o último Festival de Veneza, em setembro, decidiu se alinhar ao formato 2.0, liberando dez longas e 13 curtas da seção Orizzonti na rede, para 500 assentos virtuais.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/festivais-de-cinema-on-demand-chamam-atencao-para-um-novo-modelo-de-evento-6693808#ixzz2Cu4pniiD
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terça-feira, 20 de novembro de 2012



Artes Africanas
A África é um continente tão vasto quanto um sonho. Ali, onde há um solo de grande diversidade que se destaca mundialmente, contrastam as paisagens naturais do clima, vegetação e geografia, tanto quanto se multiplicam as singularidades humanas no que diz respeito às características étnicas, políticas e culturais. Em geografia, tamanho é documento. Principalmente quando se fala de um território que suscitou tanta cobiça por suas riquezas e foi tão “eurocentricamente” minimizado em sua grandeza em nome de uma exploração estritamente econômica que tomou por eufemismo a bandeira da “civilização”. A arte africana igualmente tem um gigantismo que lhe é próprio. Sua vastidão atinge múltiplos sentidos, observações e significados. Estar diante de objetos de artes da África impõem-nos muita curiosidade, mas sobretudo respeito. Basicamente, têm se ressaltado dois níveis de leitura das obras: por um lado pode-se fazer uma observação do aspecto cultural, que é a análise do contexto em que a obra foi produzida, a visão de mundo (cosmogonia) do povo que a realizou, suas características etnológicas, antropológicas, históricas e assim por diante, por outro, pode-se fazer uma observação dos seus aspectos artísticos, sua singularidade estética e visual e sua compreensão das noções do belo e suas regras internas de composição e estilo, etc. O próprio termo “arte africana”, calcado aqui no singular, acaba por restringir a produção artística e tecnológica de milhares de grupos africanos. A utilização do termo plural as “artes africanas” refere-se, portanto, à diversidade de produção tradicional da cultura material dos grupos saarianos e subsaarianos que datam de vasto período que vai desde o séc. V a.C. até o período colonial e pós-colonial, e também de meados do séc. XX aos dias atuais.
Do ponto de vista estritamente artístico, genericamente, destacam-se nas artes africanas representadas pelas esculturas os códigos visuais da atitude, do gestual, da serenidade, do simbólico, etc... Sua composição estética revela os padrões estilísticos milenares nos quais a figura é representada por vezes de forma abstrata, com um jogo criativo entre simetria e assimetria e a presença sempre constante da frontalidade e rigor formal. O “belo” e o “feio”, entendidos como vereditos invariáveis, não fazem parte das artes africanas. Muitas vezes, uma estatueta, uma máscara, peças consideradas “feias” para alguns tem seu grau de “beleza” ou de “feiura” avaliados pelo seu grau de efetivação, isto é, quanto mais a peça conseguir cumprir o papel para o qual ela foi produzida, maior será o grau de sua beleza, independentemente do seu aspecto exterior. Destacam-se aqui, os relicários do povo Kota, sendo espécies de guardiões das ossadas ancestrais, geralmente produzidos em madeira e ornamentados com uma película de cobre ou de latão. Mas também se destacam alguns tipos de tecidos e joias que, inseridos numa perspectiva econômica, eram usados como vestimenta, adorno e moedas de trocas. Além disso, apresentamos uma mostra de peças de variados grupos africanos, como esculturas e máscaras cujas técnicas e funções exprimem, na verdade, a própria diversidade cultural e artística da África. Essa diversidade foi construída a partir de contatos entre diferentes povos africanos e também com outros povos além d´África, como é o caso, por exemplo, da região norte do continente que recebeu ao longo de centenas de anos o fluxo e o refluxo de grupos de comerciantes árabes que deixaram uma marca indelével na língua, nas tradições e também no fazer artístico dos povos africanos com os quais mantiveram contato.
A arte africana contemporânea retoma e também renova suas tradições formais. Já no outro lado do Atlântico, as artes das Américas refletiram à sua própria maneira esse mesmo gesto de influências múltiplas. As bandeiras rituais do Haiti, por exemplo, também reverberam o impulso para a síntese formal por meio das imagens e símbolos de um vodu sincretizado. Inúmeros são os artistas contemporâneos que evocam o prazer dessa ancestralidade. Somente para citar alguns dos nomes mais notáveis, temos o gravador Hélio de Oliveira (1929-1962), com uma produção que é composta entre outros temas, por um conjunto de xilogravuras cujas temáticas estão relacionadas ao universo do candomblé: as representações de espaços sagrados onde se depositam os objetos rituais relacionados aos orixás (pejis) e a figuração artística de iaôs (iniciados consagrados às divindades do candomblé); são estes exemplos de como o imaginário afro-brasileiro povoou o fazer artístico deste importante gravador. E se manifesta ainda outro brasileiro, também baiano, Rubem Valentim (1922-1991), um dos artistas de contexto afro-brasileiro mais famosos no âmbito nacional e internacional. Sua obra, cheia de símbolos, abre espaço para múltiplas aparições de significado. Suas gravuras e esculturas trazem representações de caráter concretista de símbolos da religiosidade afro-brasileira, tendo sido o próprio artista, um praticante do candomblé. Por fim, um português, José de Guimarães (1939), comovido com o alto grau de significação das formas e da carga mítica das artes africanas, como fizeram antes Picasso, Braque e outros modernistas, busca na capacidade sintética das artes africanas os modelos para suas próprias criações e recriações artísticas. Esses universos são entrecruzados, e assim, a África se amplia nestes desdobramentos alargando o sentido ainda mais plural e o abraço acolhedor à todos os seus “filhos” que para às “Áfricas” espiritualmente retornaram.
Núcleo de Pesquisa/2012

fonte: www.museuafrobrasil.org.br/

Consciência Negra em São Paulo

Cliques do fotógrafo Miro que integram a exposição "Pérolas Negras": retratos de famosos e anônimos(Foto: Miro).


Nesta terça (20) é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data — que homenageia o Quilombo dos Palmares, um dos principais símbolos da resistência à escravidão no Brasil — é lembrada na cidade com shows, exposições, festas e atrações especiais.
No Parque do Ibirapuera, por exemplo, é possível conferir a abertura de três mostras no Museu Afro Brasil, participar de aulas e rodas de capoeira e também curtir shows de Martinho da Vila, Max de Castro e Simoninha, Emicida e da escola de samba Nenê da Vila Matilde.
Fonte: http://vejasp.abril.com.br/materia/programacao-dia-da-consciencia-negra-2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Onde está Belchior?

Belchior está aqui no Coligação Poética.


“Se o povo for conduzido apenas por meio de leis e decretos impessoais e se forem trazidos à ordem apenas por meio de punições, ele apenas procurará evitar a dor das punições, evitando a transgressão por medo da dor. Mas se ele for conduzido pela virtude e trazido à ordem pelo exemplo e pelos ritos em comum, ele terá o sentimento de pertencer a uma coletividade e o sentimento de vergonha quando agir contrário a ela e, assim, bem se comportará de livre e espontânea vontade.”
Confúcio

Olho-de-Corvo E outras Obras de Yi Sáng


Segundo Haroldo de Campos, é graças à sensibilidade poética bilíngüe de Yun Jung Im e à sua atualizada concepção da tradução como prática intersemiótica que a coleção Signos, dentro de seu projeto goetheanamente universal, tem a oportunidade de apresentar aos leitores brasileiros este poeta-prosador, ao extremo singular, que é Yi Sáng. Na trama dos textos em prosa do autor, não só o Beckett da espera sem esperança, mas também o Kafka do cotidiano levado ao absurdo podem ser pontos de contacto para a inteligibilidade do leitor ocidental. Há, porém, por trás do anonimato “coisal” de seu cognome, Senhor “Caixa”, algo de irredutível, de profundamente estranho, de singularíssimo: tanto seus poemas como seus textos-estórias são perpassados por uma pulsão de morte; a mulher, angelizada e/ou demonizada, é o centro enigmático desses obsessivos rodeios concêntricos de dor (sufocada), amor (irresolvido) e humor (negro-cínico, autor-irônico, farpado). Yi Sáng, em sua obra, tira hábil partido das possibilidades lúdicas de seu idioma, no nível fônico e de plurissignificação, resultante da mescla de caracteres chineses e signos alfabéticos coreanos, no nível grafemático-visual da escrita.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs12099911.htm

domingo, 18 de novembro de 2012

COBERTURA DO II SARAU VIRTUAL DO GRUPO CAIXA DE POEMAS PELA RÁDIO WEB MROCK




0 MUNDO MARAVILHOSO DE CISQUINHO A FORMIGUINHA ( CLARA CANTA E CONTA "O CONTO") - ÚLTIMA APRESENTAÇÃO DO ANO! VALE A PENA CONFERIR , HOJE!
A FORMIGUINHA CISQUINHO SAI DE SEU DIÁRIO PARA CONTAR SUAS AVENTURAS !
UM MUSICAL DIVERTIDO, BRILHANTE E EDUCATIVO! 


Hoje com Clara Di Lucenna no Teatro Ribalta


Fonte: http://www.facebook.com/teatromusicalbrasileiro/timeline/story?ut=32&wstart=1351753200&wend=1354348799&hash=460044740704234&pagefilter=3&ustart=1



Na dia 13 de novembro aconteceu o lançamento de dois importantes livros sobre a temática indígena no Brasil. Organizado por Carlos Augusto da Rocha Freire, “Memória do SPI: textos, imagens e documentos sobre o Serviço de Proteção aos Índios (1910-1967)” apresenta 25 artigos e mais de 400 fotos sobre as atividades do antigo órgão indigenista oficial. O lançamento será no Museu do Índio, onde o livro poderá ser adquirido gratuitamente pelos presentes, mediante apresentação de convite (disponível AQUI).Aproveitando a ocasião, será distribuída também, gratuitamente, a segunda edição revista e ampliada do livro “O acervo imagético da Comissão Rondon”, que contém mais de 300 fotos históricas do indigenismo brasileiro.
No mesmo dia, durante a X Bienal Internacional do Livro do Ceará, no estande da Secretaria de Cultura do Estado, o autor Maico Oliveira Xavier apresentará aos leitores o livro “Cabôcullos são os Brancos: dinâmicas das relações socioculturais dos índios do Termo da Vila Viçosa (século XIX)”.
Mais um título estará disponível em novembro. Desta vez, a publicação de uma tese de doutorado em História, defendida e premiada na Universidade Federal de Goiás. De autoria de Giovani José da Silva, “Identidades cambiantes: os Kamba na fronteira Brasil-Bolívia”, será lançado no dia 21/11, no Centro Cultural UFG, em Goiânia/GO.
Serviço:
  • http://indiosnonordeste.com.br/

APAE Diadema realiza Feira de Natal



A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE -  de Diadema realizará a Feira de Natal no dia 01/12/2012, sábado, que contará com uma série de de eventos. 

Local: Avenida Dr. Ulisses Guimarães, 316, Jardim Tiradentes (Travessa da Avenida Alda)
Horário: a partir das 10h
Informações:
(11) 4055-6622
eventos@apaediadema.org.br

sábado, 17 de novembro de 2012

“Homens e Fatos que a Bíblia não Registrou”


O pesquisador e escritor cearense Jeovah Mendes foi um dos convidados do Programa do Jô, na Rede Globo. Ele conversou sobre seu novo livro, que lançará no começo do ano que vem. 

“Homens e Fatos que a Bíblia não Registrou”, sétima publicação da carreira, tem prefácio da professora Luciana Silveira de Aragão e Frota, da Universidade de São Paulo (USP) e traz curiosidades sobre personagens bíblicos e históricos. 

Entre as passagens abordadas na conversa com o apresentador Jô Soares, está uma praga sofrida pelos filisteus por roubarem a Arca da Aliança dos hebreus: uma epidemia de hemorroidas.

LIVRO
Homens e Fatos que a Bíblia não Registrou
Jeovah Mendes
Imprece
2013, 204 páginas
R$ 35 

Fonte:http://diariodonordeste.globo.com


Vida de profeta

Por Ubirajara Crespo



Ezequiel 16:2: Filho do homem, denuncia a Jerusalém os seus atos abomináveis

Vida de profeta é dura – Não é fácil ser profeta, gente. Primeiro porque a aceitação social é um dos grandes impulsos para nossas realizações. A pergunta mais aguda que machuca o coração deste tipo de homem de Deus é: Por qual motivo devo dizer ou fazer algo que resultará na minha total rejeição? Deve ficar claro para nós que se Deus está do nosso lado, somos a maioria.Outra questão que o espeta é: De quem, onde e o que eu ganho com isto? Jesus respondeu esta pergunta dizendo que a nossa pátria está nos céus, é de lá de cima que devemos aguardar o nosso prêmio. Os homens não têm nada daquilo que realmente precisamos. A seiva que alimenta a verdadeira vida não vem do solo, dos fertilizantes, dos insumos ou da enxada, mas vêm de Deus. Guarde consigo esta esperança e a proteja até com a sua vida, se for preciso.
Última pergunta: Existe alguém torcendo por mim? Falo de pessoas que estejam dispostas a fazer algo, formar um time e botar sebo nas canelas. Um profeta não precisa de elogios, de gente dançando ao som de suas bandas, de ocupar os primeiros lugares do Hit Parade, de ser foco de luzes coloridas e de um grande número de pessoas dispostas a pagar uma TV por assinatura para assistir a seus melodramas vazios. Quem precisa disto e são os artistas e tem muita gente correndo atrás de uma religiosidade movimentada e oca. Elias fez estas perguntas a si e a Deus e obteve a seguinte resposta: Reservei 7000 homens que estão dispostos a dar as suas vidas pela verdade. Eles estão fazendo o seu papel, ainda que não subam em palcos reluzentes, não frequentem os palácios, os ministérios, o Congresso, a Assembleia Legislativa e não tenham o apoio de nenhum político. São estes os que sabem que os caminhos de Deus são diferentes dos caminhos 

Fonte: http://www.editoraagape.com.br

Vale a Pena Lembrar - Os Titulares do Ritmo


Grupo vocal e instrumental, cujos componentes eram todos cegos. O grupo era um sexteto formado por: Francisco Nepomuceno de Oliveira, o Chico - Fortaleza, CE, 1927 - Líder, compositor, arranjador, violonista e pianista.

Geraldo Nepomuceno de Oliveira - Fortaleza, CE - 1931 - Cantor e violonista.

Domingos Ângelo de Carvalho - Moeda, MG - 1921 - Cantor.

João Cândido Brito - Bom Jesus do Galho, MG - 1928 - Cantor.

Joaquim Alves - Valença, BA - 1921 - Cantor

Sóter Cordeiro - São João Evangelista, MG - 1926 - São Paulo, SP - 1984 - Cantor.

O conjunto foi organizado em 1941, quando seus futuros componentes se conheceram no Instituto São Rafael em Belo Horizonte, MG, para cegos, onde cursavam o ginásio. Ficaram famosos pelas harmonizações e vocalizações requintadas que elaboravam. Fizeram sua estréia na Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, interpretando o samba de Pedro Caetano "Como se faz uma cuíca". 

Em 1948, estrearam com sucesso na Rádio Gazeta de São Paulo. Logo depois, atuaram na Rádio Bandeirantes, também de São Paulo. Em 1950, assinaram contrato com a gravadora Odeon e lançaram naquele ano o primeiro disco interpretando o bolero "Lianto de luna", de J. Gutierrez e Roberto Corte Real e o samba "Nega distinta taí", de Francisco Nepomuceno, o Chico, líder do grupo. No mesmo ano, gravaram a marcha "Chiquita", de Chico e Baiano e o samba "Não põe a mão", de Mutt, Arnô Canegal e Buci Moreira, primeiro grande sucesso do grupo.

Em 1951, gravaram os baiões "Pacá parou", de Victor Simon e David Raw e "Pede pra seis", de Hanibal Cruz e Evaldo Rui e os sambas-canção "Falta você" e "Nunca", de Chico. Em 1952, transferiram-se para a gravadora RCA Victor e lançaram a canção "Lejanias", de Hermínio Gimenez, com arranjo de Baiano e o samba "Zefinha", de Aristeu Queiroz. Nesse ano, gravaram o samba "Porque não voltar?", de Sílvio Mazzucca, o bolero "Foste embora", de Geraldo Oliveira, a marcha "Bem ou mal", de Raguinho e José Sacomani e o fox "Por tua causa", de Wilkinson com versão de Ariovaldo Pires. Para o carnaval do ano seguinte, lançaram a marcha "Lulu", de Jorge Roy e Orlando Monello, com a qual fizeram razoável sucesso.

Gravaram em 1953 os sambas "E ela não vem", de Hervê Cordovil e Vicente Leporace, sucesso do conjunto, e "Mulher de artista", de Geraldo Tavares, os baiões "Que saudade, menina", de Castro Barbosa, outro sucesso do grupo, e "Romper da aurora", de Manezinho Araújo e Zé Renato; as toadas "Sodade matadera", de David Raw e Manezinho Araújo e "Sincera", de Chico. Ainda nesse ano, gravaram o fox-trot "Serenata ao luar", de Glenn Miller, com versão de Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado.

Transferiram-se para a gravadora Copacabana em 1954 e no primeiro disco lançaram a toada "Canção do boiadeiro", de Maurício Morey e a toada-canção "Morena, morena", de Geraldo dos Santos. Nesse mesmo ano, lançaram pela Columbia a marcha "Zig-zag", de José Roy, Wilson Sales e Vladimir Melo e o samba "Borboleta", de Conde e Henricão. No ano seguinte, lançaram os sambas "Arrependi", de Júlio Rosemberg e Popé e "Neném", de Gomes Cardim, Victor Simon e Buci Moreira. Em seguida, gravaram a canção "Feliz a caminhar", de F. W. Moller, a toada-baião "Rio A" e o samba "Samba", de Hervê Cordovil e a toada "Chuva morna", de Sereno.

Em 1956, gravaram para o carnaval a marcha "Os homens são uns diabos", de Maugéri Neto, Arlindo de Oliveira e Maugéri Sobrinho e o samba "Se ela não voltar", de Júlio Nagib. Participaram do carnaval de 1957 com a "Marcha do café", de Milton de Oliveira e Fernando Sérgio e o samba "Não vou sofrer", de Raul Moreno, José Batista e João do Vale. Gravaram dois fox em 1958, "Romance em preto e branco", de Lauro Muller e "Adeus, amor", de Nascimento e Júlio Nagib. No mesmo ano, gravaram em função da conquista da Copa do Mundo de futebol pela seleção brasileira naquele ano na Suécia as marchas "Brasil! Brasil!", de Alceu Menezes e "A taça do mundo é nossa", de Mau, Dag e Lau, que se tornou um grande sucesso.

Ao longo da carreira, o grupo fez várias gravações voltadas para as festas natalinas como foram as gravações de "O tannebaum", de Ernst Anschultz e do fox "Sinos de Belém", com versão de Evaldo Rui gravados em 1959. No mesmo ano, foram contratados pela gravadora Continental onde estrearam com o cururu "Ferreirinha na viola", tema folclórico com arranjos de Francisco Nepomuceno e o samba "Mané fogueteiro", de João de Barro. Ainda em 1959, lançaram pelo selo Califórnia o rock-balada "Estúpido cupido", de H. Greenfield e N. Sedaka, com versão de Fred Jorge, sucesso dos primeiros anos o rock no Brasil e o maxixe "João Cachaça", de Vitor Dagô. No ano seguinte, pelo mesmo selo, gravaram as marchas-hino "Hino à São Paulo" e "Hino do estudante", de Júlio Revoredo.

Em 1961, o conjunto retornou para a RCA Victor e gravou os sambas "Chorou, chorou", de Luiz Antônio, "Banca de mamãe", de Chico e Baiano, "Baianinha", de Nelson Fernandes e "O aumento não vem", de Victor Simon. Em 1962, gravaram o "Prelúdio pra ninar gente grande", de Luiz Vieira e "Os três sinos", fox de J. Villard com versão de Romeu Nunes. Chegaram a ter dois programas exclusivos na Rádio Tupi e na Rádio Record, em São Paulo. 

Entre os LPs gravados pelos grupo destacam-se "Homenagem ao Bando da Lua", "Jóias musicais", "Concerto de música popular" e "Os fabulosos Titulares do Ritmo". Trabalharam na área de jingles comerciais, tendo, inclusive, montado uma firma especializada para tal fim, a Pauta - Gravações e Propaganda. Em 1968, gravaram o Hino do Clube Atlético Paranaense, clube de futebol do Paraná.

Ao longo da carreira, gravaram 38 discos em 78 rpm, pela Odeon, RCA Victor, Continental, Copacabana, Califórnia e Chantecler.

No final da década de 1990, no CD "A música de Tom Jobim" lançado pela Phonodisc, apareceram interpretando "Águas de março", de Antonio Carlos Jobim e "Estrada branca", de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes.

Em 2000, o selo Movieplay lançou o CD "50 anos de sucesso em todos os ritmos", com as músicas "Boneca de pano", "Conte comigo mulher", "Despejo na favela", "De papo pro á", "Eu te amo meu Brasil", "Falsa madame", "Saudosa maloca" e outras. Em 2003, a gravação de "Estúpido cupido" feita pelo grupo foi relançada pelo selo Revivendo no CD "Nos tempos do rock 'and' roll".

Fonte: http://www.dicionariompb.com.br/titulares-do-ritmo/dados-artisticos