quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Festivais de cinema ‘on demand’


RIO - Quando os arautos da internet anunciaram que a tecnologia diminuiria distâncias, aproximaria pessoas e apressaria a troca de informações, talvez não imaginassem que ela mudaria também nossa relação com o cinema. Ao oferecer todos os seus filmes no ciberespaço, a terceira edição do festival 4+1, que acontece entre os dias 21 e 25, tendo como sede física o cinema do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), se firma em um novo modelo de mostra que começa a ser adotado até pelas grandes maratonas cinematográficas internacionais, como o Festival de Veneza, o mais antigo do planeta, que este ano liberou na web uma de suas mostras paralelas quase inteira, com títulos inéditos.
A programação do 4+1, que ocorre simultaneamente em cinco cidades (Bogotá, Buenos Aires, Cidade do México, Madri e Rio), é composta por títulos premiados em outros festivais estrangeiros, mas ainda sem distribuidor nos países-sede, como “4:44 Last day on Earth”, de Abel Ferrara, “Crazy Horse”, de Frederick Wiseman, e “Verano”, de José Luís Torres Leiva”, entre outros 11 títulos.

A possibilidade de exibir filmes on-line atende a uma demanda que as salas de cinema tradicionais não conseguem suprir — diz Pablo Jiménez Burillo, diretor geral do Instituto de Cultura da Mapfre, a fundação espanhola promotora do 4+1, explicando a opção pela iniciativa, já arriscada no ano passado. — Notamos que os espectadores distantes das cidades-sede, que não podem desfrutar diariamente de uma oferta cultural variada, encontram no festival uma proposta atrativa. Somos, assim, um dos pioneiros em apostar na convivência entre espaços físicos e as janelas de exibição on-line.
Em termos práticos, pode ser o fim das inconveniências dos deslocamentos. É também uma forma de adequação aos novos tempos e, consequentemente, aos novos cinéfilos, que hoje assistem a filmes em computadores, celulares, iPads e outros gadgets eletrônicos. Inspirado em festivais como o de Roterdã, na Holanda, e o My French Films, da Unifrance, organização responsável por promover filmes franceses, que vêm disponibilizando parte de seus títulos na internet, o último Festival de Veneza, em setembro, decidiu se alinhar ao formato 2.0, liberando dez longas e 13 curtas da seção Orizzonti na rede, para 500 assentos virtuais.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/festivais-de-cinema-on-demand-chamam-atencao-para-um-novo-modelo-de-evento-6693808#ixzz2Cu4pniiD
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