terça-feira, 14 de agosto de 2012


Sem Pensar

Teatro Lauro Gomes


Endereço: Rua Helena Jacquey, 171
Rudge Ramos - São Bernardo do Campo/SP

Teatro
Telefone:
4368-3483


Formas de Pagamento: Ingressos: R$ 60,00 (inteira), R$ 50,00 (antecipado até 30/8), R$ 30,00 (meia-entrada para estudantes, pessoas com 60 anos ou mais, clientes Net + 3 acompanhantes (apresentar o boleto de pagamento), clientes Bradesco + 1 acompanhante (apresentar cartão do Banco), apresentação de recorte dos jornais Diário do Grande ABC ou Estação Notícia ou Diário Regional + 1 acompanhante cada, apresentação de flyer promocional + 1 acompanhante e clientes CA Produções (apresentação de Cartão Fidelidade, desconto individual)).

Preço: Médio Alto

Descrição

Em uma cidade não especificada, o pai perdeu seu emprego depois de ter um caso com a chefe e a mãe não o perdoa, assunto de intermináveis discussões. A casa foi refinanciada por causa da crise nas finanças familiares e um jovem subinquilino, Daniel, alojado. Daniel tem 21 anos, e seu quarto é bem em frente ao da pré-adolescente de 12 anos, Delilah. Impulsionada pela pressão de suas quatro melhores amigas às vésperas de seu aniversário, Delilah desenvolve uma paixão por Daniel que se torna complicada quando a namorada de Daniel vem passar o fim de semana.

Direção: Luiz Villaça. Com Denise Fraga, Kiko Marques, Julia Novaes, Kauê Telloli, Virgínia Buckowski, Isabel Wolfenson, Verônica Sarno e Paula Ravache.

Recomendação etária: 12 anos.

O texto, inédito no Brasil, encantou o cineasta Luiz Villaça, que assistiu à montagem pela primeira vez em Londres em agosto de 2.010. “Sem Pensar tem uma carpintaria moderna, enxuta e com tema atual. Apresenta um frescor tal qual sua autora, que hoje tem apenas 18 anos. O ritmo da dramaturgia é um grande diferencial na peça. Tudo é cinematográfico e teatral ao mesmo tempo. Todos esses ingredientes me fascinaram”, relata Villaça que faz sua primeira incursão como diretor teatral.

Sem Pensar transita pelas relações familiares. Põe um olhar irônico nos conflitos, nas ausências e na falta de percepção de si e do outro no cotidiano de uma família.

Delilah é uma menina que, às vésperas de completar 13 anos, está prestes a ter seu primeiro caso de amor com Daniel, um rapaz muito mais velho que aluga um quarto em sua casa. Às voltas com um casamento em crise, seus pais, Vicky e Nick vivem dando um show de cegueira em hilárias discussões e não percebem nem o que acontece com a filha adolescente, descobrindo sua sexualidade, muito menos o drama, quase tragédia, que toma conta do rapaz em conflito entre o desejo e a moral. A situação piora com a chegada de Carol, namorada de Daniel, criando um impressionante vaudeville dramático e cômico ao mesmo tempo. Uma carpintaria teatral perfeita e concisa, de extrema compreensão humana, realmente inacreditável para uma jovem autora de apenas 17 anos (idade que tinha quando escreveu a peça).

A peça de Anya Reiss, entre outras coisas, abre ainda uma grande discussão sobre a maturidade. A adolescente imatura em sua atitude romântica dá aula de maturidade a seus pais num desfecho surpreendente.

Denise Fraga vive Vicky e Kiko Marques é Nick, pais de Delilah, interpretada pela jovem e talentosa atriz Julia Novaes. Daniel é vivido por Kauê Telloli e a personagem Carol pela atriz Virgínia Buckowski.

O elenco se completa com mais três jovens atrizes que participaram de workshops e intensa preparação. Elas interpretam as amigas de Delilah e apimentam ainda mais os tumultos que rondam sua mente. Ana G é interpretada por Isabel Wolfenson, Natalia por Verônica Sarno e Ana M por Paula Ravache.

“Quando vimos Sem Pensar em Londres saímos do teatro em alvoroço. Entre risos, silêncios e reações verbais da plateia, o texto da jovem inglesa Anya Reiss era mesmo de tirar o fôlego e fazia juz a tudo que a imprensa londrina andava falando sobre ele. O ritmo de sua escrita criava uma cadência alucinada para questões absolutamente reconhecíveis do dia a dia familiar, nos fazendo ver o quanto risíveis e absurdos podemos ser em nossa cegueira cotidiana,” conta Villaça, animado com o projeto.

Denise Fraga completa: “Não sei exatamente dizer o que mais me cativou na peça. Tenho fascinação pela comédia dramática. Acho que quando o Teatro nos faz rir de nossas emoções e paixões, nos ajuda a compreendê-las melhor. O texto é absolutamente divertido, mas ao mesmo tempo saímos do teatro pensando como somos ridículos, como poderíamos resolver melhor as charadas que a vida nos propõe. Divertir para fazer refletir, eis o que me encanta como atriz.

Vicky é uma mulher que já entrou em um padrão de irritação com o básico do cotidiano. É como se tivesse uma TPM crônica. Ama Nick, seu marido, mas ao mesmo tempo não consegue conter as flechas que saem de sua boca em direção a ele. Vivem numa discussão em espiral, brigam para fazer as pazes e fazem as pazes para poder brigar de novo. Quantos casais não conhecemos assim? Mas poucos sabem fazer isso com o humor com que Anya Reiss envolve esta clássica situação.

Acho sempre que parte do sucesso de uma peça vem da necessidade, da vontade enlouquecedora de contar uma história. A simples paixão por passar adiante uma ideia que te arrebatou o coração. Foi isso, sem dúvida, que nos levou a encenar Sem Pensar, que depois de 07 meses de grande sucesso em São Paulo, segue agora numa grande turnê por todo Brasil.

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