quinta-feira, 16 de agosto de 2012

35 anos sem Elvis Presley


Há 35 anos, o 'Rei do Rock' deixava os seus fãs após um ataque cardíaco. Elvis Presley é, ainda hoje, um dos artistas mais pop do mundo. Prova disso é que os seus direitos continuam rendendo um dos maiores lucros no meio musical. Entre 2010 e 2011, gerou US$ 55 milhões, apenas US$ 2 milhões a menos do que o ex-beatle Paul McCartney
Elvis inovou no modo de dançar, de cantar e misturou música negra, gospel, folk e ritmos caribenhos num estilo revolucionário para a época. Já em 1956, o cantor atingia fama mundial, e foi inspiração para tudo o que se seguiria: de Beatles a Rolling Stones, ele provocou mudanças importantes tanto no jeito de fazer música quanto na indústria do entretenimento.
O crítico Jotabê Medeiros, de O Estado de S. Paulo, selecionou suas 10 canções favoritas do Rei, e explicou porque elas merecem ser ouvidas e reouvidas, mesmo 35 anos após a sua morte.
Suspicious Minds
É unânime: essa é a mais bela balada de Elvis, gravada em Memphis, nos American Studios. A batida quebrada de bateria, como um solo de Charlie Watts, os versos cortantes, a melancolia que vai acelerando, como se fosse metáfora de um desespero. Rendeu covers memoráveis, como o do Fine Young Cannibals.
Are you Lonesome Tonight?
Incontornável balada gravada originalmente por Vaughn DeLeath, em 1927, e regravada por Elvis em 1960. Geralmente cantada pelo Rei do Rock acompanhando-se sozinho ao violão, de forma acústica, é um tipo de rendição da alma. 
 Jailhouse Rock 
Elvis ignorou a intenção satírica dos autores (Jerry Leiber e Mike Stoller) e interpretou a canção com fúria, desafiadoramente. O espírito rebelde e libertário do rock coube aqui como se fosse um casaco de couro. Jailhouse Rock foi o primeiro single da história a ir direto para o topo das paradas no Reino Unido. 
 It's Now or Never
Tirando o balanço irresistível, havaiano, marítimo, esta música de Elvis é um clássico pela concisão da mensagem, da letra universal e plena de urgência. "Amanhã será tarde demais".
King Creole
Tema do filme Balada Sangrenta, de 1958, essa canção contém a chave sobre a mistura musical que resultou em Elvis The Pelvis: o R&B negro sulista, o country pantaneiro, o folk caminhoneiro, o gospel, está tudo aqui nesse balanço de New Orleans. Elvis veio de Tupelo, no Tennessee, tudo farinha do mesmo bom saco.
 In the Ghetto
A mais política das canções de Elvis, escrita por Mac Davis (que escreveu outros sucessos de Elvis, como A Little Less Conversation e Memories). Fala de solidariedade, de estender a mão, é de 1969 e lembra as folk songs de protesto.
 An American Trilogy
Os crescendos, a batida, o coro gospel, a forma como Elvis canta "glória a glória aleluia", tudo contribui para que essa canção seja um dos mais impressionantes hinos da música pop em todos os tempos. Arrepiante.
Can't Help Falling in Love
Gospel da mais elevada cepa, um rasante pelo espírito indomado (e romântico) de Elvis. Da trilha do filme Blue Hawaii, cujo álbum ficou durante incríveis 20 semanas no n.º 1 e vendeu mais de 2 milhões de exemplares. 
Don't be Cruel
A perfeição do rock'n'roll. Começando com um slide afiadíssimo, o contrabaixo marcando o passo, essa música torna os ossos maleáveis, solta a cintura, liberta os ombros. O singleHound Dog/Don't Be Cruel foi lançado em 13 de julho de 1956 e ganhou disco de ouro quase na mesma semana. 
That's alright, Mama
A canção que revelou Elvis. Era um hit do bluesman negro Arthur Crudup, e foi gravada pelo Rei do Rock ainda no remoto ano de 1954. Elvis começava a fundir gêneros que só se roçavam nas feiras agropecuárias, como o R&B e o country, o pop e o rock'n'roll, os sons caribenhos e os spirituals afro-americanos.








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