segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Anos 50 – Alô, doçura!


Em 1953, aTV Tupi, seguindo o formato da série americana de sucesso I love Lucy estrelada pelo casal Lucille Ball e Desi Arnaz, passou a produzir a primeira sitcom (comédia de situação) brasileira. A produção nacional tinha características bem próprias já que Cassiano Gabus Mendes foi buscar nos roteiros do programa radiofônico intitulado O encontro das cinco e meia, escritos pelo seu pai Otávio Gabus Mendes, as situações que seriam vividas pelo casal da série televisiva. A Tupi escalou como protagonistas do seriado Ilka Soares e Anselmo Duarte, renomados atores do cinema brasileiro da época. Acontece que Anselmo não se adaptou ao formato ao vivo da TV e o casal foi substituído por Mário Sérgio e Eva Wilma. Alô, doçura! caiu no gosto popular e lá continuou (e até mais) quando o ator Mário Sérgio deixou o programa dando lugar a John Herbert.
A parceria entre Eva Wilma e Herbert transcenderia a série, no ano de 1955 os dois se casam na vida real e recebem do público o apelido de “casal doçura”. Os atores foram casados até 1976 e tiveram dois filhos que nasceram durante o tempo em que o programa esteve no ar.
Alô, doçura! apresentava episódios de cerca de quinze minutos transmitidos ao vivo direto do teatro, e portanto, com a reação da plateia. A cada semana os atores encenavam diferentes personagens que viviam histórias engraçadas sobre a relação a dois.
O seriado chegou ao fim em 1964, e infelizmente, não existem episódios inteiros arquivados, no máximo algumas cenas avulsas gravadas em película.
O SBT chegou a produzir nos anos 90 um remake do seriado, com César Filho e Virgínia Novick, só que a produção não cativou o público como a primeira edição e foi cancelada.

http://teleseries.uol.com.br

Um comentário:

  1. A reinicialização do SBT não tinha chance de sucesso, a canastrice de César Filho inviabilizava isso. Lembro particularmente de um episódio onde ele e Virginia faziam um casal de namorados bêbados num bar. Ele simplesmente não conseguia interpretar um bêbado que soasse de forma engraçada ou pelo menos crível.

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