sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

Hoje é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiências. O objetivo de lembrar este dia é gerar conscientização, compromisso e ações que amenizem a situação dos deficientes no mundo.

De acordo com o presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiências, Carlos Antônio Mello, estima-se que, em Criciúma, existam cinco mil pessoas com diversos tipos de deficiência. “Esse será um dia para propor medidas eficazes para promover a igualdade e participação plena das pessoas com deficiência na vida social”, salienta Carlos. Michele Andrade Ramos, de 26 anos, é cadeirante desde que sofreu um acidente há cinco anos. “Estava com umas amigas em cima de uma laje fazendo umas fotos, e o muro que cerca o lugar acabou cedendo. Cai, quebrei minha coluna na hora e fui socorrida às pressas. No primeiro momento, fiquei chocada, não imaginava a gravidade do acidente, mas nunca desanimei”, conta.
De acordo com a jovem, tudo que ela espera é ser reconhecida como uma cidadã como outra qualquer. “Algumas pessoas não vêem a gente com os mesmos olhos”, afirma.
Ela diz que já se adaptou à nova vida e que não pensa mais na cura. “Não sei se algum dia isso pode acontecer, mas sou feliz assim. Minha família me apóia, tenho amigos, estudo”, explica. A jovem é estudante da quinta fase de psicologia da Unesc.

Problemas diários
Michele também sofre com problemas diários, como a falta de acessibilidade. “Quando chego em uma loja para comprar alguma roupa, a primeira pergunta que me fazem é: ‘Você quer entrar?’. Porque primeiro nem todas as lojas têm a rampa para que eu possa entrar, depois muitos acham que a gente, por ser deficiente, é pobre e não tem condições de ser clientes. Isso é triste”, comenta.
As faixas de pedestre são outros obstáculos a serem vencidos, pois nem todas têm rampa de acesso à calçada. “Se estou sozinha e preciso passar de uma rua para outra, ou tenho que pedir ajuda a alguém, ou manobrar bem a cadeira para conseguir subir na calçada novamente”, diz Michele.

Fonte: http://www.atribunanet.com/

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