O Natal é uma festa religiosa que celebra o nascimento de Jesus Cristo; por isso, é considerada comemoração cristã, dos povos que acreditam que Deus mandou seu Filho para a Terra para salvar a humanidade. No entanto, Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. A Bíblia não indica a data exata e descobrir isso é muito difícil. Na época em que os textos sagrados foram escritos, preocupava-se em registrar as mensagens de Cristo, não quando os fatos aconteciam.
Então, como surgiu a celebração? Há milhares de anos, na Antiguidade, a maioria dos povos acreditava em vários deuses. Os romanos, por exemplo, cultuavam o deus sol e o homenageavam no dia 25 de dezembro. Outras civilizações também celebravam deuses ligados à luz nesta data. Era uma forma de comemorar o solstício de inverno (quando essa estação tem início no Hemisfério Norte), pois a partir dele o sol voltava a iluminar por mais tempo aquela região.
Tudo mudou quando o Império Romano tornou-se cristão. Assim, no século 4, o Natal substituiu a festa em homenagem ao sol em 25 de dezembro. A data foi escolhida para representar o nascimento de Jesus porque, no cristianismo, Ele é a luz do mundo. Entretanto, algumas igrejas cristãs ortodoxas celebram o Natal em 7 de janeiro, pois seguem o calendário juliano (que tem 13 dias de diferença do seguido pelos cristãos).
FESTA SOCIAL
Com o passar do tempo, o Natal também se transformou em festa social, em que as famílias se reúnem para fazer uma refeição especial e trocar presentes. É uma delícia ficar perto de quem amamos, comer um monte de guloseimas e, de quebra, ganhar uma lembrancinha. Mas esse não é o verdadeiro espírito do Natal. A solidariedade, respeito e amor ao próximo - grandes ensinamentos de Jesus Cristo - são o que realmente importam. Não adianta nada ganhar um videogame bacana ou uma superboneca se a gente esquecer de fazer o bem!
Nem todos celebram - Muçulmanos, judeus e budistas não comemoram o Natal porque não acreditam que Jesus Cristo é Filho de Deus. No entanto, o respeitam muito. Apesar de cristãos, os testemunhas de Jeová também não celebram a festa nem o dia de seus aniversários.
Para quem segue o Islamismo, Jesus foi importante profeta, assim como Abraão, Moisés e Muhammad (Maomé). Por isso, creem que é preciso celebrar a vida e os ensinamentos de todos durante o ano inteiro. Segundo o Judaísmo, Jesus foi apenas um judeu. Os seguidores dessa religião aguardam o nascimento do Messias, o enviado de Deus que trará salvação à humanidade. No budismo, Jesus foi homem que teve vida nobre por se preocupar muito com o próximo. Alguns acreditam que visitou a Índia para estudar a religião.
Cada religião tem as próprias comemorações - As religiões não cristãs têm várias celebrações. Os muçulmanos fazem grande festa no fim do Ramadã, mês em que jejuam até o pôr do sol para lembrar a revelação do Alcorão (livro sagrado) ao profeta Muhammad. Também tem o Dia do Sacrifício, que marca o fim da peregrinação a Meca (cidade da Arábia Saudita sagrada para os muçulmanos).
Nesta época do ano, os judeus comemoram durante oito dias a Chanucá (pronuncia-se ranucá) ou Festa das Luzes para recordar a vitória milagrosa dos judeus sobre o exército grego. A Pessach (conhecida como Páscoa judaica) celebra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Outra festividade importante é a Yom Kipur ou Dia do Perdão, em que se faz jejum, reza e arrepende-se dos erros. No Budismo Tibetano todos comemoram o aniversário no dia de Ano-Novo, chamado Losar, que acontece perto do Carnaval. O Saga Dawa é um enorme festival que ocorre em maio e homenageia Buda (fundador do Budismo).
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