Modernismo no Brasil - a Semana de Arte
São Paulo e a 1ª geração modernista
Márcia Lígia Guidin*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Cartão postal de São Paulo na década de 20 |
Na época da Semana de Arte Moderna, São Paulo estava se transformando rapidamente; era uma capital progressista, por causa do crescimento trazido pela economia; havia novos costumes, novas relações políticas, novas influências; havia tantos estrangeiros, tantos burgueses, tantos intelectuais se mobilizando que a Semana de Arte Moderna só podia mesmo ter acontecido nessa cidade - e não no Rio, que tinha sido, até então, o tradicional centro cultural do Brasil.
E aconteceu mesmo. Em fevereiro de 1922, três dias de intensas e escandalosas apresentações no moderníssimo Teatro Municipal de São Paulo foram suficientes para "escandalizar" a sociedade paulistana.
Num dos dias, Villa-Lobos sobe ao palco de casaco e chinelos para tocar suas composições modernistas: novo escândalo, pois se supôs que a unha encravada do maestro fosse uma atitude modernista e desrespeitosa para com a música clássica.
Um outro escândalo haveria de protagonizar o poeta Ronald de Carvalho, incumbido de declamar um poema, enviado por Manuel Bandeira, para o evento. Tal poema, "Os sapos", debochava ostensivamente do parnasianismo tão exaurido de Olavo Bilac:
E aconteceu mesmo. Em fevereiro de 1922, três dias de intensas e escandalosas apresentações no moderníssimo Teatro Municipal de São Paulo foram suficientes para "escandalizar" a sociedade paulistana.
Num dos dias, Villa-Lobos sobe ao palco de casaco e chinelos para tocar suas composições modernistas: novo escândalo, pois se supôs que a unha encravada do maestro fosse uma atitude modernista e desrespeitosa para com a música clássica.
Um outro escândalo haveria de protagonizar o poeta Ronald de Carvalho, incumbido de declamar um poema, enviado por Manuel Bandeira, para o evento. Tal poema, "Os sapos", debochava ostensivamente do parnasianismo tão exaurido de Olavo Bilac:
[...]
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos
[...]
("Os Sapos")
Fonte: educacao.uol.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário