Despedida
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.
Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág. 83.
sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
É onírica,
é pesadelo de Goya
a desejada visita
Desde um abraço sonhado
desde meu calor epidérmico
deste teu forte rubor
Enfim!
vem o sono da razão
despertar-nos a carne
São dois o mesmo desejo,
é de ambos o mesmo sonho
ficando dentro de um quadro
A visita,
que se dorme sem querer,
querida,
detém-se na composição, estrutura
que então se perpetua e
fascina
pra não se concretizar.
Mas instalam-se na pele
minha excitada impressão digital
tua impressionada excitação genital
que se acabam
em águas mornas
quando nos acordamos
eu em minha cama
tu na tua
Nessa líquida fronteira
entre sono e vigília
percebemos, ainda quente,
pergunta perfumada no ar:
quem visitou quem?
Gil Vicente
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
111 - A RETA NUMÉRICA DA VIDA
SIGMAR POLKE – Realismo Capitalista e outras histórias ilustradas
Mostra com 220 obras gráficas e objetos da Coleção Dr. Axel Ciesielski + 25 originais em técnica mista da série Day by Day, de coleção privada.
MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubrian
Endereço: Av. Paulista, 1578. Acesso a deficientes.
Data: Até 29 de janeiro de 2012 no MASP
Horários: De 3ªs a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às 5ªs: das 11h às 20h.
A bilheteria fecha meia hora antes.
Ingresso: R$ 15,00. Estudante: R$ 7,00. Até 10 anos e acima de 60 anos.
Às 3ªs feiras: acesso gratuito.
Informações ao público: www.masp.art.br
Twitter: http://twitter.com/maspmuseu
Telefone: (11) 3251.5644
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
POEMA DA VIDA
POEMA DA VIDA
No começo,
milhões de sonhos
futuro?
tão longe
tudo perfeito
sem morte
ela existe?
isso não é pra mim.
Depois,
tantos acontecimentos
atropelos sucedendo
parar, é impossivel
está tudo acontecendo.
E, de repente,
sobra o tempo
pra pensar e selecionar
caminhar bem devagar
o corpo descansar
escolher,
como viver e
deixar acontecer.
Volto o tempo,
na lembrança
na magia eterna
transformo a vida
em rimas e versos,
na imortal poesia.
AMARILIS PAZINI AIRES
SUBLIMIDADE
ACONCHEGO
ACONCHEGO
Encostar minha cabeça no teu ombro,
é poder me amparar e acreditar,
que não estou só,
que a vida direciona pessoas,
como dádivas sublimes,
nos deliciando com o aconchego,
num dedilhar de uma nota musical,
caliente e arpejante.
Nos eleva em delirio extasiante,
fazendo correr as lágrimas,
escondidas, guardadas, machucadas
e por fim aliviadas.
Encostar minha cabeça no teu ombro,
é poder me segurar,
num momento trêmulo, vencido,
pela dor, pela tristeza,
pela saudade de quem fica,
à espera do sol, da lua, das estrêlas,
do imenso universo.
Encostar minha cabeça no teu ombro,
é acreditar que o tempo ,
ido , vencido, trilhado, batalhado,
é como dádiva de merecimento.
Cruzamos oceano, terras, mundos,
mas eu sei...
Encostar minha cabeça no teu ombro,
Valeu...é uma recompensa.
Amarilis Pazini Aires
Solidariedade
Só porque não posso mudar o mundo
Não significa que não posso fazer nada.
Só porque não posso alimentar a todos
Não significa que devo deixar pra lá!
Só porque não tenho dinheiro suficiente
Não significa que não posso ajudar.
Não posso mudar o mundo, mas
posso dar algum passo.
Não posso alimentar muitos, mas
posso alimentar um
Não tenho dinheiro suficiente para ajudar, mas
posso buscar reforço, quem possa unir forças.
Se cada um fizesse por um...
Não haveria tantos...
(By M&!!O)
Desejo mais solidariedade para 2012. Quanto mais, melhor.
Olhar e ser visto - Retratos e Auto-retratos
Sem previsão de encerramento
A exposição celebra a arte do retrato e auto-retrato desde o século XVI até os dias atuais, focando nas mudanças e transformações que passaram ao longo dos anos. Entre os presentes estão renomados artistas como Rembrandt, Van Gogh, Goya, Portinari, Velázquez, Picasso, Modigliani, entre outros.
Terça a domingo e feriados, das 11 às 18 h, e 5ª, das 11 às 20h
Local: MASP
Endereço: Av. Paulista, 1578, Bela Vista - São Paulo
Tel.: 11 3251 5644
R$7 a R15. Gratuito as Terças.
www.masp.art.br
Creio
Creio no amor, por isso amo e sou amado
Creio na paz, por isso desarmo-me de ódio e preconceito
Creio no futuro, por isso construo no presente algo durador
Creio na bondade, por isso sou bom com os meus semelhantes
Creio na família, por isso procuro valorizar e multiplicar os momentos de confraternização.
Creio em Deus, por isso creio na vida.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Vale a Pena Ler
AUTOR: Diversos
ORGANIZADORA: Maria Jeremias dos Santos
EDIÇÃO: 1
ANO DE EDIÇÃO: 2010
LOCAL DE EDIÇÃO: SÃO PAULO
PÁGINAS: 120
EDITORA: GRUPO EDITORIAL BECO DOS POETAS E ESCRITORES LTDA
Do bairro mais velho e escuro,
Deixo os meus brincos, lavrados
Em cristal, límpido e puro...
E àquela virgem esquecida
Rapariga sem ternura,
Sonhando algures uma lenda,
Deixo o meu vestido branco,
O meu vestido de noiva,
Todo tecido de renda...
Este meu rosário antigo
Ofereço-o àquele amigo
Que não acredita em Deus...
E os livros, rosários meus
Das contas de outro sofrer,
São para os homens humildes,
Que nunca souberam ler.
Quanto aos meus poemas loucos,
Esses, que são de dor
Sincera e desordenada...
Esses, que são de esperança,
Desesperada mas firme,
Deixo-os a ti, meu amor...
Para que, na paz da hora,
Em que a minha alma venha
Beijar de longe os teus olhos,
Vás por essa noite fora...
Com passos feitos de lua,
Oferecê-los às crianças
Que encontrares em cada rua...
(Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque. Benguela, Angola, 9.6.1930 - Cambambe, Angola, 30.1.1962). Era casada com o escritor Orlando Albuquerque. Muito nova veio para Lisboa onde concluiu o 7º ano do Liceu. Freqüentou as Faculdades de Medicina de Lisboa e Coimbra, licenciando-se por esta última. Em Lisboa esteve ligada a algumas das atividades da Casa dos Estudantes do Império. Declamadora, chamou a atenção para os poetas africanos. Depois da sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira instituiu o Prêmio Alda Lara para poesia. Orlando Albuquerque propôs-se editar-lhe postumamente toda a obra e nesse caminho reuniu e publicou um volume de poesias e um caderno de contos. Colaborou em alguns jornais ou revistas, incluindo a Mensagem (CEI).Obra poética:
Poemas, 1966, Sá de Bandeira, Publicações Imbondeiro;
Poesia, 1979, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
Poemas, 1984, Porto, Vertente Ltda. (poemas completos).
domingo, 25 de dezembro de 2011
O nascimento de Jesus
18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo.
19 E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
20 E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;
21 ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.
24 E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher;
25 e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.
Fonte: Livro de Mateus, Capítulo 1 , Vs 18 á 25
Por que hoje é Natal? Todos comemoram?
O Natal é uma festa religiosa que celebra o nascimento de Jesus Cristo; por isso, é considerada comemoração cristã, dos povos que acreditam que Deus mandou seu Filho para a Terra para salvar a humanidade. No entanto, Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. A Bíblia não indica a data exata e descobrir isso é muito difícil. Na época em que os textos sagrados foram escritos, preocupava-se em registrar as mensagens de Cristo, não quando os fatos aconteciam.
Então, como surgiu a celebração? Há milhares de anos, na Antiguidade, a maioria dos povos acreditava em vários deuses. Os romanos, por exemplo, cultuavam o deus sol e o homenageavam no dia 25 de dezembro. Outras civilizações também celebravam deuses ligados à luz nesta data. Era uma forma de comemorar o solstício de inverno (quando essa estação tem início no Hemisfério Norte), pois a partir dele o sol voltava a iluminar por mais tempo aquela região.
Tudo mudou quando o Império Romano tornou-se cristão. Assim, no século 4, o Natal substituiu a festa em homenagem ao sol em 25 de dezembro. A data foi escolhida para representar o nascimento de Jesus porque, no cristianismo, Ele é a luz do mundo. Entretanto, algumas igrejas cristãs ortodoxas celebram o Natal em 7 de janeiro, pois seguem o calendário juliano (que tem 13 dias de diferença do seguido pelos cristãos).
FESTA SOCIAL
Com o passar do tempo, o Natal também se transformou em festa social, em que as famílias se reúnem para fazer uma refeição especial e trocar presentes. É uma delícia ficar perto de quem amamos, comer um monte de guloseimas e, de quebra, ganhar uma lembrancinha. Mas esse não é o verdadeiro espírito do Natal. A solidariedade, respeito e amor ao próximo - grandes ensinamentos de Jesus Cristo - são o que realmente importam. Não adianta nada ganhar um videogame bacana ou uma superboneca se a gente esquecer de fazer o bem!
Nem todos celebram - Muçulmanos, judeus e budistas não comemoram o Natal porque não acreditam que Jesus Cristo é Filho de Deus. No entanto, o respeitam muito. Apesar de cristãos, os testemunhas de Jeová também não celebram a festa nem o dia de seus aniversários.
Para quem segue o Islamismo, Jesus foi importante profeta, assim como Abraão, Moisés e Muhammad (Maomé). Por isso, creem que é preciso celebrar a vida e os ensinamentos de todos durante o ano inteiro. Segundo o Judaísmo, Jesus foi apenas um judeu. Os seguidores dessa religião aguardam o nascimento do Messias, o enviado de Deus que trará salvação à humanidade. No budismo, Jesus foi homem que teve vida nobre por se preocupar muito com o próximo. Alguns acreditam que visitou a Índia para estudar a religião.
Cada religião tem as próprias comemorações - As religiões não cristãs têm várias celebrações. Os muçulmanos fazem grande festa no fim do Ramadã, mês em que jejuam até o pôr do sol para lembrar a revelação do Alcorão (livro sagrado) ao profeta Muhammad. Também tem o Dia do Sacrifício, que marca o fim da peregrinação a Meca (cidade da Arábia Saudita sagrada para os muçulmanos).
Nesta época do ano, os judeus comemoram durante oito dias a Chanucá (pronuncia-se ranucá) ou Festa das Luzes para recordar a vitória milagrosa dos judeus sobre o exército grego. A Pessach (conhecida como Páscoa judaica) celebra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Outra festividade importante é a Yom Kipur ou Dia do Perdão, em que se faz jejum, reza e arrepende-se dos erros. No Budismo Tibetano todos comemoram o aniversário no dia de Ano-Novo, chamado Losar, que acontece perto do Carnaval. O Saga Dawa é um enorme festival que ocorre em maio e homenageia Buda (fundador do Budismo).
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
www.dgabc.com.br
sábado, 24 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Vale a Pena Ler
A autora inglesa Betty Bib revela em "O Livro das Fadas de Natal" os bastidores do mundo encantado dessas delicadas criaturas que trabalham nos preparativos da festa mais bonita do ano. Este fascinante livro infantil conta como vivem as fadas natalinas que moram na casa de Betty, junto com o cachorro Dorking e o gato Pastel. Receitas de quitutes para a ceia, dicas de como preparar enfeites e jogos interativos fazem parte deste livro ricamente ilustrado. Um enorme mapa da casa de Betty, autora também de "O Livro das Fadas", mostra onde moram as fadinhas e onde elas se reúnem para preparar todos os detalhes da festa de natalina. Com a ajuda da fada Di-Gitar e suas amigas, descubra como preparar lindos cartões de Natal e fazer deliciosos doces! Divirta-se antes e durante a festa e viva essa magia o ano todo.
SONETO ANTIGO
Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.
Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.
O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.
Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Negba
Passas dengosa
perfumosa
exibindo olhares lascivos
às multidões do sexo.
Balouças
a flor de lótus
que escondes no teu corpo
por entre a garridez
de tecidos virginais
e vais
deixando pólen
gostoso
africanoso
em detalhes colíricos
de afectuosas manhãs.
OLINDA BEJA
Poeta e narradora, com vários livros publicados, dentre os quais: Bô Tendê? (poemas), 15 dias de regresso (romance), e Pé-de-perfume (contos).
Fonte: www.antoniomiranda.com.br
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
O livro das Mil e Uma Noites, pela riqueza e pelo capricho com que é judiciosamente lançado, é obra que certamente marcará época, de alto-relevo , na vida editorial do nosso país - Malba Tahan.
A Ediouro apresenta, numa edição fantástica de relançamento, a obra-prima da lenda universal. As Mil e Uma Noites, prodigioso conjunto de histórias do mundo árabe que vem encantando muitas gerações do planeta.
Com apresentação de Malba Tahan, um dos mais respeitados contadores de histórias do universo oriental, o livro reúne contos exóticos e personagens misteriosos, como Ali Babá e os Quarenta Ladrões.e Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, que já inspiraram um grande número de adaptações para o teatro e cinema e expressam toda a poesia e deslumbramento do mundo árabe.
Adotamos a versão de Antoine Galland, a mais conhecida no Ocidente, que, pela sua qualidade, foi traduzida para todos os idiomas. Galland selecionou as lendas mais curiosas e de enredo mais palpitante, que mostram a vida em toda a sua maravilhosa diversidade. São contos de aventuras de cavalaria e guerra, histórias de amor e intriga de namorados, romances de viagens, lendas maravilhosas cheias de crueldades, cenas de zombaria, histórias de erudição e muito mais.
Após descobrir a traição de sua mulher, o Sultão Chahriar decide desposar uma jovem diferente a cada noite e matá-la no dia seguinte, deixando o reino desesperado. Para interromper este ciclo vingativo, Cheherazade, filha do grão-vizir, se oferece para ser a próxima e, ao contar as mais belas lendas, faz o Sultão ir adiando sua morte, até que ele, passadas mil e uma noites, se apaixona e suspende a ordem cruel.
Como aconteceu com o Sultão, o leitor vai ficar seduzido com As Mil e Uma Noites, um belíssimo clássico que confirma o dom de imortalidade da arte de narrar.
Sobre o autor:
Antoine Galland nasceu em 1646, na França, e faleceu em 1715, aos 69 anos. Amante das Letras, Galland deixou, além da tradução das Mil e Uma Noites, cerca de quinze obras, algumas das quais de alto valor literário, como: uma relação das suas viagens ao Oriente; uma descrição particular da cidade de Constantinopla; um catálogo dos historiadores turcos, árabes e persas; uma tradução do Corão, com notas histórico-críticas.
Amar é a única coisa que pode ocupar a eternidade.
Ao infinito é necessário o inesgotável.
Extraído do livro “Os Miseráveis"
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Meu Pai
Que neste Natal as flores
Encantem ainda mais com
Toda sua beleza e simplicidade
Que a árvore que simboliza
A vida e a esperança
Multiplique seus frutos
Durante o ano que se inicia
Que os sinos de Belém
Anunciem uma nova oportunidade
De apagar velhas mágoas e
De alegrar corações sofridos
Que o bom velhinho com suas cores
Ilumine o caminho dos nossos pequeninos
E que espírito natalino contagie
À todos na certeza de um mundo melhor
Mora Alves
12/2011
Aconteceu
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
O Inseto
Das tuas ancas aos teus pés
quero fazer uma longa viagem.
Sou mais pequeno que um inseto.
Percorro estas colinas,
são da cor da aveia,
têm trilhos estreitos
que só eu conheço,
centímetros queimados,
pálidas perspectivas.
Há aqui um monte.
Nunca dele sairei.
Oh que musgo gigante!
E uma cratera, uma rosa
de fogo umedecido!
Pelas tuas pernas desço
tecendo uma espiral
ou adormecendo na viagem
e alcanço os teus joelhos
duma dureza redonda
como os ásperos cumes
dum claro continente.
Para teus pés resvalo
para as oito aberturas
dos teus dedos agudos,
lentos, peninsulares,
e deles para o vazio
do lençol branco
caio, procurando cego
e faminto teu contorno
de vaso escaldante!
Flores
Titãs
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Um olhar contemporâneo sobre a Lapa de Glück
No início de sua carreira, foi um fotógrafo ambulante. Viajou pela região do eixo Paraná - Santa Catarina de acordo com a demanda do ofício.
Em 1917 acabou se estabelecendo na cidade da Lapa, que recebera no final do século XIX uma grande leva de imigrantes alemães. Em 1921 se casou com Wanda Zeeffeld e, logo depois, montou um estúdio - Foto Glück.
O atelier fotográfico de Glück, mesmo que modificado pelas décadas e mudanças econômicas, ainda ocupa o mesmo espaço na principal praça da cidade.
A partir de 1937, seu sobrinho e futuro sócio, Cristiano Jubanski, passou a trabalhar com o fotógrafo. Guilherme exerceu a profissão até 1953, quando vendeu o estúdio e seu acervo para Jubanski.
O Museu da Imagem e do Som adquiriu o acervo em 1974, mantendo o gigantesco arquivo de chapas em vidro até os dias atuais, possibilitando que pesquisadores das mais diferentes áreas e o público em geral conheçam essa preciosidade da cultura paranaense. Os estudos apontam a
existência de mais de 30.000 negativos em chapas de vidro, que retratam a obra de um dos poucos fotógrafos da região até a metade do século XX.
Casa Andrade Muricy
Alameda Dr. Muricy, 915 - Centro - Curitiba - PR
Endereço para Correspondência:
Rua Ébano Pereira, 240 - 80410-240 - Curitiba - Pr
41 3321-4798 - 41 3321-4786
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Museu do automóvel de Avaré
Lá pode ser visto um modelo de posto de gasolina da década de 30, com uma bomba do tipo “coqueiro”, original, além de anúncios de época, bicicletas, lambretas, placas antigas, antigos objetos domésticos, enfim, tudo que nos remete ao passado.
Há também a “Praça do Antigomobilista”, decorada com postes de época e bancos em estilo antigo. Com exposições temáticas e rotativas e eventos diversos relacionados ao tema, o local se caracteriza como um inédito ponto turístico-cultural da Estância Turística de Avaré.
O Museu do Automóvel de Avaré fica na Rua Santos Dumont, 1.890, no Bairro Brabância. Mais informações pelos telefones (14) 3733-2733/3732-2336 e é aberto aos sábados, das 14h00 às 17h00.