sábado, 9 de julho de 2011

Primeiro livro de poemas de Leonardo Colosso é lançado pela editora Alpharrabio

Foto: Luciano Vicioni


Moderar o foco. Ajustar o obturador. Compor um momento e eternizá-lo. Trata-se de fotos? Poderia ser, mas pode-se transportar o mesmo discurso para a poesia. As sensibilidades para ambas as artes convergem na obra de Leonardo Colosso.


O fotógrafo acaba de publicar o primeiro livro de poesia, a coletânea “Poesia para consumo doméstico”, que aborda temas comuns a todos nós, como amor, afeto, carinho, solidão e angústia.
O próprio artista as define como obras feitas para a compreensão geral, sem pretensão de estilo e padrão literário. “Evitei o hermetismo, é tudo básico, com o pé no chão, porque é uma produção caseira destinada às donas de casa e aos pais de família”, declarou Colosso, praticante da criação de poemas desde a adolescência.

São 88 páginas de parágrafos enxutos e breves. Similares ao haikai japonês. Uns rimam, outros não. “Sempre foi um hobby para mim, usado para paquerar, mas sempre esteve engavetado”, acrescentou. Colosso enxerga a poesia como forma de externar inquietudes, paixões e crises, pois ao descrever entende melhor pelo que está passando. “Ajuda a clarear porque trata de elementos subjetivos e emotivos, e não é visual como o objeto da foto.”

O fotógrafo já exerceu a profissão em grandes jornais da Capital e periódicos da Região ao longo da carreira. Mesmo dentro do cenário caótico, poluído e confuso do estado de São Paulo, esforça-se para registrar um fragmento de harmonia e equilíbrio que consiga ser pinçado em meio a toda a loucura do dia-a-dia e se destaque do resto pela beleza e lirismo.

Lirismo - O mesmo lirismo da imagem é o objetivo da escrita. “Busco linhas, aspectos e planos ao escrever que isolados também são bonitos”, resumiu. Ou seja, a mesma técnica aplicada em fotografias é usada para dar estética à dor e outras subjetividades da emoção e da alma.
Além de usufruir da escrita como espécie de terapia, o exercício da foto e a procura por sutilezas da rotina o aprimoraram a aguçar o tino para a poesia.


“Sentimentos passam com e como o tempo. Se alteram como o espaço. Me esforço para traduzir isto para o papel, são como fotos de sentimentos”, estipulou ao enquadrar e dar o clic no próprio passatempo.
Futuramente, o morador de Santo André estuda lançar contos.


Conheça mais do trabalho de Colosso como fotógrafo no site:

leonardocolosso.blogspot.com.


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