quinta-feira, 14 de julho de 2011

Museu Rock & Roll - Raul seixas.

Foi no ano de 1945 a 28 de junho, em uma tradicional família de Salvador que nascer Raul Santos Seixas, filho de Dona Maria Eugênia e do engenheiro Raul Varella Seixas, Raulzito foi educado conforme o conservadorismo das famílias de classe média da Bahia.
Desde os sete anos Raul já se questionava sobre coisas como o fim do mundo, a volta de seu espírito em outros corpos, o julgamento final. Seu pai gostava de ler para ele livros sobre assuntos metafísicos. O que mais lhe marcou foi o livro Dos Por Quês. Mas, na adolescência de Raul Seixas - 1958 - Rock 'n Roll era música para empregadas domésticas e caminhoneiros.
Os garotos de sua idade e condição social ouviam Bossa Nova no Teatro Vila Velha, mas Raulzito preferia ficar entre os caminhoneiros e domésticas. Em pouco tempo já sabia cantar em inglês as canções de Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee Lewis. Os Panteras, em uma de suas formações, era composto por Raulzito no vocal, Mariano, Pirinho, Helinho e Antonio Carlos - o Carleba. Todos eles faziam o gênero James Dean, topete no cabelo e a gola da camisa levantada. O tipo de comportamento e as músicas dos Panteras não agradavam as mamães de família que os classificavam como "esquizofrênicos".
Em 1967 Raul se casa com Edith Wisner, filha de um pastor protestante. Neste mesmo ano, Raul, a esposa e Os Panteras foram para o Rio de Janeiro. Salvador havia ficado pequeno para o sucesso do grupo. Desde 1964 Raulzito e Os Panteras começaram a cantar músicas dos Beatles. Passaram a dar shows nos clubes "chiques"da Bahia. Agora tinham adotado um estilo menos agressivo. Usavam os famosos "terninhos" dos Beatles, e as músicas, embora continuassem sendo rock, não eram usadas de forma violenta.
Com os Beatles Raul percebeu que poderia usar a música para dizer o que ele pensava - era isso que faziam os Beatles. Raul começa a compor, para dizer em suas músicas, o que ele pensava. O grupo chegou no Rio no pique da Jovem guarda e encontrou o alvorecer do Tropicalismo. Raulzito não gostava de Bossa Nova: "tinha ódio de Bossa Nova, eu não me ligava na cultura musical brasileira" - dizia Raul numa entrevista à Ana Maria Baiana.
Uma das primeiras composições de Raul já teve problemas com a censura - O Crivo - cigarro na gíria, e a censura pensou que fosse maconha. Raul nem sabia o que era maconha, naquela época a garotada era "biritera". Raul teve dificuldades para "fazer rock" Rio de Janeiro. O que estava no auge era o Tropicalismo. Ninguém ouvia Chuck Berry, Mick Jagger, etc. Mesmo assim, Os Panteras conseguiram gravar um LP: Raulzito e Os Panteras, que não foi sucesso, pois além da má divulgação, as músicas não agradaram o público.
Raul Seixas Conheceu Paulo Coelho em 1972 quando ainda era produtor da CBS. Paulo, recém chegado de muitas viagens feitas enquanto fazia parte do movimento hippie, fundou no Rio de Janeiro uma revista chamada 2001 com matérias sobre nova física, alimentação, discos voadores, etc.
Raul se interessou pelos assuntos da revista e resolveu procurar Paulo. Os dois se encontraram, jantaram juntos e ficaram amigos. A idéia de Ter Paulo Coelho como parceiro agradou muito Raul, pois nesta época Paulo estava envolvido com estudos sobre a magia de Aleister Crowley. Os ideais do mago inglês despertaram o interesse de Raul que decidiu, com a ajuda de Paulo Coelho, colocar as informações nas músicas.
E assim, os dois compositores passaram a divulgar as idéias de Crowley. A música Sociedade Alternativa foi a primeira manifestação da influência de Crowley, que iria acompanhar Raul Seixas até o final de seu trabalho. Depois que cumpriu seu trabalho, Raul Seixas nos deixou, mas até hoje em algum lugar existe alguém que ainda o escuta, seguibdo seu caminho, mas de um modo diferente, assim como você que está lendo esta mensagem.
Agora em pleno ano 2002, a Universal Music brinda os fãs de Raul Seixas com o lançamento de uma super caixa chamada "Maluco Beleza", com seis CDs da carreira do guru da Sociedade Alternativa, Raul Seixas. As faixas bônus, não encontradas nos CDs originais, dão um charme especial. Você poderá ouvir, por exemplo, ´Caroço de Manga´, canção que fez parte da trilha da novela Beto Rockfeller, além, é claro, dos grandes sucessos que construíram a carreira deste símbolo do rock nacional!

"Viva a Sociedade Alternativa"
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