quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O tempo passa!?



Tudo passa, tudo se vai
O tempo não pára,
Nem olha pra trás
Nem faz pausa.
Apenas refaz o velho
Dando-lhe novas formas
Fazendo de um passado
Um novo presente
Ou arquiva na memória
E segue o curso da história.

Talvez o tempo nem passe
Somos nós que passamos por ele
Seguindo nosso caminho
Acompanhados ou sozinhos
Olhando pelo retrovisor
Mas, fixados na estrada
Que se avança
Para não perder-se
Presos num passado
Da nossa jornada.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Justiça Eleitoral



















A Justiça Eleitoral é formada pelo Tribunal Superior Eleitoral; por um Tribunal Regional em cada estado, no Distrito Federal e nos territórios; pelos juízes e pelas juntas eleitorais. Esses órgãos têm sua composição e competência estabelecidas pelo Código Eleitoral.

O TSE está sediado na capital da República e os TREs nas capitais dos estados, no DF e territórios. Composto por sete ministros, o TSE já funcionou em quatro sedes, além da atual. Em sua primeira fase (1932-1937), funcionou na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. O Palácio Monroe (hoje demolido) foi sua primeira sede na chamada segunda fase da Justiça Eleitoral (1945-1946), até que o órgão foi transferido para a rua 1º de Março, também no Rio de Janeiro.

Em 22 de abril de 1960, um dia após sua transferência para a capital federal, o TSE instalou-se na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde funcionou até 1971, quando passou a ocupar sede própria na mesma cidade, na Praça dos Tribunais Superiores, onde permanece até hoje.

Peças de Biocomposto













Peças de biocomposto: você ainda vai ter uma


Novo material que mistura plástico e matérias primas orgânicas de fontes renováveis permite criação de peças bonitas e resistentes

Seu potencial era muito grande, porém, naquele momento, o mercado não estava pronto para fazer essa mudança. Passou o tempo e hoje já vemos este material e similares sendo utilizados para produzir peças para a mesa, utilitários, produtos decorativos, embalagens, cadeiras, decks, chapas de revestimento para móveis, divisórias, peças náuticas e até acessórios para a indústria automobilística.


Atualmente é possível produzir o material com diferentes tipos de fibras naturais como, por exemplo, de madeira reflorestada e com selo de certificação FSC, coco, linho, cânhamo e sisal injetados com polipropileno ou polietileno. O mais interessante é que o biocomposto é de fácil processabilidade, podendo até utilizar as matrizes existentes sem necessidade de novos investimentos.

Entre suas características técnicas está a baixa manutenção, a resistência a fungos, mofo, cupins e insetos e a impermeabilidade. Alem disso, ele é termicamente estável como os plásticos e dimensionalmente estável como a madeira.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vale a Pena Conhecer



O Palácio Imperial de Petrópolis, hoje, MUSEU IMPERIAL, foi a residência predileta do imperador d. Pedro II e cenário dos melhores momentos da vida do monarca, como ele mesmo registrou em correspondências dirigidas a diversos interlocutores. Sua construção, iniciada em 1845, por determinação do jovem imperador e a expensas de sua dotação pessoal, deu origem à cidade de Petrópolis. O projeto original do major e engenheiro germânico Júlio Frederico Koeler, superintendente da Fazenda Imperial, foi seguido, após sua morte, pelos arquitetos Joaquim Cândido Guilhobel e José Maria Jacinto Rebelo.




O piso do vestíbulo, em mármore de Carrara e mármore preto originário da Bélgica, foi colocado em 1854, destacando-se ainda os assoalhos e as esquadrias em madeiras de lei, como o jacarandá, o cedro, o pau-cetim, o pau-rosa e o vinhático, procedentes das diversas províncias do Império. Os estuques das salas de jantar, de música, de visitas da imperatriz, de Estado e do quarto de dormir de Suas Majestades contribuem para dar graça e beleza aos ambientes do Palácio, um dos mais importantes monumentos arquitetônicos do Brasil.





Já os jardins foram planejados por Jean-Baptiste Binot, com a orientação do próprio imperador, e nele se encontram ainda espécies raras da flora dos cinco continentes.



Ao longo dos 165 anos de sua existência, o Palácio serviu como residência de verão e educandário até se tornar o Museu que admiramos desde 1943 e que, além de abrigar vasto e importante acervo histórico e artístico, é também palco de inúmeros espetáculos, eventos, exposições e atividades voltados para a educação e o entretenimento de 300 mil visitantes ao ano.



Seja bem-vindo ao nosso portal. Navegue e descubra as novidades que preparamos para você.



Museu Imperial: NOSSO MUSEU, NOSSA HISTÓRIA!



Equipe do Museu Imperial

http://www.museuimperial.gov.br/

Ágape















Meu amor por você

Não tem comparação

É amor de doação

De entrega total

Não é amor de momento

Nem de retribuição

É um nobre sentimento

É todo um coração

Que se doa por vocação.



Meu amor por você

É inexplicável

Jamais poderá entender

Porque é incomparável

Com o amor que se vê

Ou que se imagina ser

É um amor sem dimensão

É esponsal, é absoluto

Ama sem reclamar

Pois ama por amar.



Ataíde Lemos









Rodrigo Andrade
Até 31 de Outubro
Intervenção do artista na Pinacoteca

Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 2 São Paulo, SP
Tel. (11) 3324-1000

Reabertura da Torre Eiffel


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Torre Eiffel e o Campo de Marte foram reabertos ao público em Paris na noite desta terça-feira, após investigações não encontrarem nada suspeito no local.


A polícia tinha esvaziado o monumento após receber uma uma ligação de um telefone público, por volta das 18h40 (13h40 em Brasília), dizendo haver um pacote suspeito na torre. Foi o segundo alerta em menos de duas semanas

Fonte: Uol noticias.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PASSEATA RAUL SEIXAS 2011



"... O Universo é apenas um ponto no infinito..."
poeta Manoel Hélio.
.
21 de agosto de 2011 (Domingo), concentração a partir das 12 h em frente do Teatro Municipal de São Paulo, Praça João Mendes; saída da passeata em direção à Praça da Sé, às 18 h.

domingo, 26 de setembro de 2010










O Clube Amantes da Ferrovia promove de 30/8 a 17/10 o II Concurso “Você nos Trilhos” 2010, que elegerá as 40 melhores fotos de passeios ferroviários nacionais ou internacionais. Você, que é membro do Clube, poderá postar sua foto até o dia 26/9 e concorrer a diversos prêmios, basta ser maior de 18 anos e ser o autor de uma fotografia que retrate trens e ferrovias.
De 27/9 a 17/10 é hora de incentivar sua família e amigos, pois a votação estará aberta! Dia 18/10 será divulgado o grande resultado e os ganhadores serão premiados com:

1º lugar: Passe livre por 1 ano, com direito a acompanhante, para viajar nos trens administrados pela Serra Verde Express.

2º lugar: Uma passagem de ida e volta, com acompanhante, para viajar uma vez em cada trem administrado pela Serra Verde Express.

3º lugar: Uma passagem de ida e volta, com acompanhante, para viajar em um dos trens administrados pela Serra Verde Express.

4º ao 10º lugar: Camiseta do Clube Amantes da Ferrovia, Cartão Telefônico da Serra Verde Express e 20% de desconto, para o vencedor e um acompanhante, para passeios nos trens administrados pela Serra Verde Express.

http://www.amantedaferrovia.com.br/

Esperança_Sidnei Piedade - Beco dos Poetas - Literatura

Esperança_Sidnei Piedade - Beco dos Poetas - Literatura: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

sábado, 25 de setembro de 2010

Acorda Amor













(Julinho de Adelaide / Leonel Paiva - 1974)

Intérprete: Chico Buarque

Acorda amor

Eu tive um pesadelo agora

Sonhei que tinha gente lá fora

Batendo no portão, que aflição

Era a dura, numa muito escura viatura

minha nossa santa criatura

chame, chame, chame, chame o ladrão

Acorda amor

Não é mais pesadelo nada

Tem gente já no vão da escada

fazendo confusão, que aflição

São os homens, e eu aqui parado de pijama

eu não gosto de passar vexame

chame, chame, chame, chame o ladrão

Se eu demorar uns meses convém às vezes você sofrer

Mas depois de um ano eu não vindo

Ponha roupa de domingo e pode me esquecer

Acorda amor

que o bicho é bravo e não sossega

se você corre o bicho pega

se fica não sei não

Atenção, não demora

dia desses chega sua hora

não discuta à toa, não reclame

chame, clame, clame, chame o ladrão



Histórico: Após as canções “Cálice” e “Apesar de Você” terem sido censuradas pelo sistema repressivo, Chico Buarque achou que seria mais difícil conseguir aprovar alguma música sua pelos agentes da censura. Escreveu então “Acorda Amor” com o pseudônimo de Julinho de Adelaide para driblar a censura. Como ele esperava, a música passou. Julinho ainda escreveria mais 2 músicas antes de uma reportagem especial do Jornal do Brasil sobre censura, que denunciou o personagem de Chico. Após esta revelação, os censores passaram a exigir que as músicas enviadas para aprovação deveriam ser acompanhadas de documentos dos compositores.

Acorda Amor é um retrato fiel aos fatos ocorridos no período que teve seu ápice entre 1968 (logo após a decretação do AI-05) e 1976 quando, teoricamente, a tortura já não era mais praticada pelos militares. Diversas pessoas sumiram durante este período após terem sido arrancadas de suas casas a qualquer hora do dia ou da noite, e levadas para DOPS e DOI-CODI´s espalhados pelo Brasil. A falta de confiança era tão grande que as pessoas tinham mais medo dos policiais (que seqüestravam, torturavam, matavam e, muitas vezes sumiam com corpos) do que de ladrões. A ironia do compositor é tão grande que, quando os agentes da repressão chegam a casa chamam-se os ladrões para que sejam socorridos.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

InfoJovem , 'Vagas abertas em Orquestra Jovem – SP'

InfoJovem , 'Vagas abertas em Orquestra Jovem – SP'




Curte música clássica? Quer aprender a tocar algum instrumento, mas está sem

grana para bancar o curso? A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras da

Prefeitura de São Paulo, em conjunto com a Secretaria de Participação e

Parceria, abre inscrições para o processo seletivo da Orquestra Jovem. Ao

todo, 30 jovens músicos serão escolhidos para ter, de graça, aulas de música

clássica.



O post esta desponivel aqui:

http://www.infojovem.org.br/2010/09/23/vagas-abertas-em-orquestra-jovem-%e2%80%93-sp/

Vale a pena conhecer

                                                            










Museu Paulista
                                                           
http://www.mp.usp.br/
                                                     
Parque da Independência, s/n
                                                     
Ipiranga, São Paulo
                                                    
(11) 2065-8000
    














     De 21 a 29 de Janeiro de 2011
     Inscrição de Filmes:
     De 20 de Setembro a 29 de Outubro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Voltando ao Passado

Carangos e Motocas

Voltando ao Passado
















'Stamos em pleno mar...Douro no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;

E as vagas após ele correm... cansam

Como turba de infantes inquieta.



'Stamos em pleno mar... Do firmamento

Os astros saltam como espumas de ouro...

O mar em troca acende as ardentias,

— Constelações do líquido tesouro...



'Stamos em pleno mar... Dois infinitos

Ali se estreitam num abraço insano,

Azuis, dourados, plácidos, sublimes...

Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...



'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas

Ao quente arfar das virações marinhas,

Veleiro brigue corre à flor dos mares,

Como roçam na vaga as andorinhas...



Donde vem? onde vai? Das naus errantes

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?

Neste saara os corcéis o pó levantam,

Galopam, voam, mas não deixam traço.



Bem feliz quem ali pode nest'hora

Sentir deste painel a majestade!

Embaixo — o mar em cima — o firmamento...

E no mar e no céu — a imensidade!



Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!

Que música suave ao longe soa!

Meu Deus! como é sublime um canto ardente

Pelas vagas sem fim boiando à toa!



Homens do mar! ó rudes marinheiros,

Tostados pelo sol dos quatro mundos!

Crianças que a procela acalentara

No berço destes pélagos profundos!



Esperai! esperai! deixai que eu beba

Esta selvagem, livre poesia

Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,

E o vento, que nas cordas assobia...

..........................................................



Por que foges assim, barco ligeiro?

Por que foges do pávido poeta?

Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira

Que semelha no mar — doudo cometa!



Albatroz! Albatroz! águia do oceano,

Tu que dormes das nuvens entre as gazas,

Sacode as penas, Leviathan do espaço,

Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.





II





Que importa do nauta o berço,

Donde é filho, qual seu lar?

Ama a cadência do verso

Que lhe ensina o velho mar!

Cantai! que a morte é divina!

Resvala o brigue à bolina

Como golfinho veloz.

Presa ao mastro da mezena

Saudosa bandeira acena

As vagas que deixa após.



Do Espanhol as cantilenas

Requebradas de langor,

Lembram as moças morenas,

As andaluzas em flor!

Da Itália o filho indolente

Canta Veneza dormente,

— Terra de amor e traição,

Ou do golfo no regaço

Relembra os versos de Tasso,

Junto às lavas do vulcão!



O Inglês — marinheiro frio,

Que ao nascer no mar se achou,

(Porque a Inglaterra é um navio,

Que Deus na Mancha ancorou),

Rijo entoa pátrias glórias,

Lembrando, orgulhoso, histórias

De Nelson e de Aboukir.. .

O Francês — predestinado —

Canta os louros do passado

E os loureiros do porvir!



Os marinheiros Helenos,

Que a vaga jônia criou,

Belos piratas morenos

Do mar que Ulisses cortou,

Homens que Fídias talhara,

Vão cantando em noite clara

Versos que Homero gemeu ...

Nautas de todas as plagas,

Vós sabeis achar nas vagas

As melodias do céu! ...





III





Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!

Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano

Como o teu mergulhar no brigue voador!

Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!

É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...

Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!





IV





Era um sonho dantesco... o tombadilho

Que das luzernas avermelha o brilho.

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar de açoite...

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...



Negras mulheres, suspendendo às tetas

Magras crianças, cujas bocas pretas

Rega o sangue das mães:

Outras moças, mas nuas e espantadas,

No turbilhão de espectros arrastadas,

Em ânsia e mágoa vãs!



E ri-se a orquestra irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente

Faz doudas espirais ...

Se o velho arqueja, se no chão resvala,

Ouvem-se gritos... o chicote estala.

E voam mais e mais...



Presa nos elos de uma só cadeia,

A multidão faminta cambaleia,

E chora e dança ali!

Um de raiva delira, outro enlouquece,

Outro, que martírios embrutece,

Cantando, geme e ri!



No entanto o capitão manda a manobra,

E após fitando o céu que se desdobra,

Tão puro sobre o mar,

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:

"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!..."



E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .

E da ronda fantástica a serpente

Faz doudas espirais...

Qual um sonho dantesco as sombras voam!...

Gritos, ais, maldições, preces ressoam!

E ri-se Satanás!...





V





Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se é loucura... se é verdade

Tanto horror perante os céus?!

Ó mar, por que não apagas

Co'a esponja de tuas vagas

De teu manto este borrão?...

Astros! noites! tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão!



Quem são estes desgraçados

Que não encontram em vós

Mais que o rir calmo da turba

Que excita a fúria do algoz?

Quem são? Se a estrela se cala,

Se a vaga à pressa resvala

Como um cúmplice fugaz,

Perante a noite confusa...

Dize-o tu, severa Musa,

Musa libérrima, audaz!...



São os filhos do deserto,

Onde a terra esposa a luz.

Onde vive em campo aberto

A tribo dos homens nus...

São os guerreiros ousados

Que com os tigres mosqueados

Combatem na solidão.

Ontem simples, fortes, bravos.

Hoje míseros escravos,

Sem luz, sem ar, sem razão. . .



São mulheres desgraçadas,

Como Agar o foi também.

Que sedentas, alquebradas,

De longe... bem longe vêm...

Trazendo com tíbios passos,

Filhos e algemas nos braços,

N'alma — lágrimas e fel...

Como Agar sofrendo tanto,

Que nem o leite de pranto

Têm que dar para Ismael.



Lá nas areias infindas,

Das palmeiras no país,

Nasceram crianças lindas,

Viveram moças gentis...

Passa um dia a caravana,

Quando a virgem na cabana

Cisma da noite nos véus ...

... Adeus, ó choça do monte,

... Adeus, palmeiras da fonte!...

... Adeus, amores... adeus!...



Depois, o areal extenso...

Depois, o oceano de pó.

Depois no horizonte imenso

Desertos... desertos só...

E a fome, o cansaço, a sede...

Ai! quanto infeliz que cede,

E cai p'ra não mais s'erguer!...

Vaga um lugar na cadeia,

Mas o chacal sobre a areia

Acha um corpo que roer.



Ontem a Serra Leoa,

A guerra, a caça ao leão,

O sono dormido à toa

Sob as tendas d'amplidão!

Hoje... o porão negro, fundo,

Infecto, apertado, imundo,

Tendo a peste por jaguar...

E o sono sempre cortado

Pelo arranco de um finado,

E o baque de um corpo ao mar...



Ontem plena liberdade,

A vontade por poder...

Hoje... cúm'lo de maldade,

Nem são livres p'ra morrer. .

Prende-os a mesma corrente

— Férrea, lúgubre serpente —

Nas roscas da escravidão.

E assim zombando da morte,

Dança a lúgubre coorte

Ao som do açoute... Irrisão!...



Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus,

Se eu deliro... ou se é verdade

Tanto horror perante os céus?!...

Ó mar, por que não apagas

Co'a esponja de tuas vagas

Do teu manto este borrão?

Astros! noites! tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão! ...





VI





Existe um povo que a bandeira empresta

P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria!...

Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,

Que impudente na gávea tripudia?

Silêncio. Musa... chora, e chora tanto

Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...



Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que a luz do sol encerra

E as promessas divinas da esperança...

Tu que, da liberdade após a guerra,

Foste hasteado dos heróis na lança

Antes te houvessem roto na batalha,

Que servires a um povo de mortalha!...



Fatalidade atroz que a mente esmaga!

Extingue nesta hora o brigue imundo

O trilho que Colombo abriu nas vagas,

Como um íris no pélago profundo!

Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga

Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!

Andrada! arranca esse pendão dos ares!

Colombo! fecha a porta dos teus mares!


Castro Alves

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Artista: Amanda Melo - Obra: Agua Viva, 2010


até 14/11                                       
 
A 2ª Mostra do Programa de Exposições 2010 apresenta trabalhos inéditos do artista convidado Milton Machado, desenvolvido especialmente para o CCSP, além de mostras individuais simultâneas de seis artistas selecionados em edital: Adriano Costa, Renzo Assano, Bartolomeo Gelpi, Deyson Gilbert, Amanda Melo e Michel Zózimo.


Terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Entrada franca - Piso Caio Graco

Fonte: http://www.centrocultural.sp.gov.br/

Obra de Arte


Artísta: Sara Ramos - Obra: Invasão ou tudo que ficou contido, 2005



                             Fonte; http://www.centrocultural.sp.gov.br/

Teu ciúme





                                                                    Teu ciúme me prende

Sufoca-me e mata

A liberdade em te amar

Pois abafa meus sentimentos

Inibindo tantos momentos

Que poderíamos viver

Sorrindo, brincando, amando

Porém, ao contrário

Perdemos este tempo brigando.



Teu ciúme está destruindo

Todo o sonho planejado

Fazendo sombras aos instantes

Lindos vividos de um passado,

Apagando o brilho de um amor

Que iluminava a mim

Mas que agora me deixa triste

E já penso no fim

Por tamanha dor

Que tem causado.



Teu ciúme não faz sentido

Pois, sou teu sempre

De corpo, alma e mente

No entanto, do que digo

Não acredita, vendo tudo

Onde nada existe

Transformando nossos momentos

Apenas brigas, ofensas, mágoas

Enfim, só desentendimento

Que abrem feridas

Em meu coração

Sem porquê, sem razão.



Ataíde Lemos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Voltando ao Passado

Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus

E a luz dos olhos teus

Resolvem se encontrar

Ai que bom que isso é meu Deus

Que frio que me dá o encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus

Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar

Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar

Meu amor, juro por Deus

Que a luz dos olhos meus já não pode esperar

Quero a luz dos olhos meus

Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará

Pela luz dos olhos teus

Eu acho meu amor que só se pode achar

Que a luz dos olhos meus precisa se casar.



Vinícius de Moraes

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.


                     Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.

                     Se achar que precisa voltar, volte!

                    Se perceber que precisa seguir, siga!

                    Se estiver tudo errado, comece novamente.

                    Se estiver tudo certo, continue.

                    Se sentir saudades, mate-a.

                    Se perder um amor, não se perca!

                    Se o achar, segure-o!



                    Fernando Pessoa

domingo, 19 de setembro de 2010

POETAS NO II SARAU DO BECO


O Clube Amantes da Ferrovia promove de 30/8 a 17/10 o II Concurso “Você nos Trilhos” 2010, que elegerá as 40 melhores fotos de passeios ferroviários nacionais ou internacionais. Você, que é membro do Clube, poderá postar sua foto até o dia 26/9 e concorrer a diversos prêmios, basta ser maior de 18 anos e ser o autor de uma fotografia que retrate trens e ferrovias.




De 27/9 a 17/10 é hora de incentivar sua família e amigos, pois a votação estará aberta! Dia 18/10 será divulgado o grande resultado e os ganhadores serão premiados com:



1º lugar: Passe livre por 1 ano, com direito a acompanhante, para viajar nos trens administrados pela Serra Verde Express.



2º lugar: Uma passagem de ida e volta, com acompanhante, para viajar uma vez em cada trem administrado pela Serra Verde Express.



3º lugar: Uma passagem de ida e volta, com acompanhante, para viajar em um dos trens administrados pela Serra Verde Express.



4º ao 10º lugar: Camiseta do Clube Amantes da Ferrovia, Cartão Telefônico da Serra Verde Express e 20% de desconto, para o vencedor e um acompanhante, para passeios nos trens administrados pela Serra Verde Express.

 
http://www.amantedaferrovia.com.br/
tvescola.mec.gov.br

Joaquim Nabuco

Gentileza Academia Brasileira de Letras www.academia.org.br

Joaquim Nabuco (J. Aurélio Barreto N. de Araújo), diplomata, político, orador, poeta e memorialista, nasceu em Recife, PE, em 19 de agosto de 1849, e faleceu em Washington, EUA, em 17 de janeiro de 1910. Compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira, onde fundou a Cadeira n. 27, que tem como patrono Maciel Monteiro. Designado secretário-geral da instituição na sessão de 28 de janeiro de 1897, exerceu o cargo até 1899 e de 1908 a 1910.

Era filho do senador José Tomás Nabuco de Araújo, "o Estadista do Império", e de Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo, irmã do marquês do Recife, Francisco Pais Barreto. Estudou humanidades no Colégio Pedro II, bacharelando-se em letras. Em 1865, seguiu para São Paulo, onde fez os três primeiros anos de Direito. Formou-se no Recife, em 1870. Entrou logo para o serviço diplomático, como adido de primeira classe em Londres, depois em Washington, de 1876 a 1879.

Atraído pela política interna, foi eleito deputado geral por sua província, vindo então a residir no Rio. Sua entrada para a Câmara marcou o início de sua campanha em favor do Abolicionismo, que logo se tornou causa nacional, na defesa da qual ele tanto cresceu na admiração de todos os brasileiros. De 1881 a 1884, Nabuco viajou pela Europa. Em 1883, em Londres, publicou O Abolicionismo. De regresso ao país, foi novamente eleito deputado por Pernambuco, retomando o lugar de líder da campanha abolicionista, que cinco anos depois era coroada de êxito. Ao ser proclamada a República, em 1889, permaneceu intransigente nas convicções monarquistas e, mais de uma vez, resistiu ao apelo que lhe dirigiam os chefes da nova política para tornar ao serviço diplomático. Retirou-se da vida pública, dedicando-se à sua obra e ao estudo.

Nessa fase de espontânea abstenção política, Joaquim Nabuco viveu no Rio de Janeiro, exercendo a advocacia e fazendo jornalismo. Freqüentava a redação da Revista Brasileira, onde estreitou relações e amizade com as mais altas figuras da vida literária brasileira, Machado de Assis, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, de cujo convívio nasceria a Academia Brasileira de Letras, em 1897.

Em 1900, o presidente Campos Sales conseguiu demovê-lo a aceitar o posto de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em missão especial em Londres, na questão do Brasil com a Inglaterra, a respeito dos limites da Guiana Inglesa. Em 1901, era acreditado em missão ordinária, como embaixador do Brasil em Londres e, a partir de 1905, em Washington. Em 1906, veio ao Rio de Janeiro para presidir a terceira Conferência Pan-Americana. Em sua companhia veio o Secretário de Estado norte-americano Elihu Root. Ambos eram defensores do pan-americanismo, no sentido de uma ampla e efetiva aproximação continental. Em 1909, fez uma viagem oficial a Havana, para assistir à restauração do governo nacional de Cuba. Nesse mesmo ano assinou em Washington várias convenções de Arbitramento com os Estados Unidos, Panamá, Equador, Costa Rica e Cuba.

Grande era o seu prestígio perante o povo e o governo norte-americano, manifestado em expressões de admiração dos homens mais eminentes, a começar pelo Presidente Theodore Roosevelt e pelo Secretário de Estado Root; e na recepção das Universidades, nas quais proferiu uma série de conferências, propaganda viva de cultura brasileira. Quando faleceu, em Washington, seu corpo foi conduzido, com solenidade excepcional, para o cemitério da capital norte-americana, e depois foi trasladado para o Brasil, no cruzador North Caroline. Do Rio de Janeiro foi transportado para o Recife, a cidade que o viu nascer. Em 28 de setembro de 1915, Recife lhe inaugurou, em uma de suas praças públicas, uma estátua.

Obras: Camões e os Lusíadas (1872); L’Amour est Dieu, poesias líricas (1874); O Abolicionismo (1883); O erro do Imperador, história (1886); Escravos, poesia (1886); Porque continuo a ser monarquista (1890); Balmaceda, biografia (1895); A intervenção estrangeira durante a revolta, história diplomática (1896); Um estadista do Império, biografia, 3 tomos (1897-1899); Minha formação, memórias (1900); Escritos e discursos literários (1901); Pensées detachées et souvenirs (1906); Discursos e conferências nos Estados Unidos, tradução do inglês de Artur Bomilcar (1911); várias memórias sobre as fronteiras do Brasil; Obras completas, 14 vols. org. por Celso Cunha (1947-1949).

Fonte: www.biblio.com.br

Eleições 2010 - Candidatos Bizarros

Especialistas ouvidos pelo UOL Eleições são unânimes em atribuir ao sistema político brasileiro a enxurrada de candidatos "bizarros" perambulando pelo horário eleitoral obrigatório. "A lista aberta torna a competição por espaço absolutamente selvagem. Tem um microssegundo para aparecer na TV - como você vai fazer? Se eu fosse fazer campanha, falaria alguma coisa engraçada na TV", afirma o cientista político Luciano Dias, do IBEP (Instituto Brasileiro de Ciências Políticas).

Nessa estrutura, o eleitor pode votar em quaisquer dos candidatos de um determinado partido. Na lista fechada, porém, o voto é na legenda: a sigla apresenta uma lista com, por exemplo, 50 integrantes, que vão sendo eleitos em ordem pré-definida à medida que o número de votos atinja o quociente necessário para cada um deles.

"Esse tipo de candidato só existe em lista aberta. Eu sou muito a favor de fechar a lista, porque você não teria mais os exóticos. Outra razão é a pluralidade de partidos", diz David Fleischer, cientista político da UnB (Universidade de Brasília). "Nós temos mais de 1000 candidatos para deputado distrital (no Distrito Federal); a razão candidato vaga é maior que na UnB", afirma.

"No Brasil o partido é muito fraco. O partido não está preocupado com a imagem, está preocupado em eleger deputados", concorda o cientista político Rubens Figueiredo, da USP (Universidade de São Paulo). Em países como Espanha, Uruguai, Alemanha e Itália o sistema vigente é o de lista fechada. "Nesse sistema não há Tiririca", diz Fleischer.

O especialista cita como exemplo a Argentina, onde lista fechada inclui cotas para mulheres. "Numa lista com 10 candidatos, o terceiro, o quinto e o décimo tem de ser mulheres. Então, a priori, pelo menos um terço dos deputados eleitos é feminino", diz. "A lista aberta é muito ruim para as mulheres", afirma.

"Pior que tá não fica"

Embora não seja único, o perfil do palhaço Tiririca simboliza bem esse tipo de candidatura. Recentemente, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou que o humorista "debocha da democracia em seu programa de TV".

Suas aparições no horário eleitoral obrigatório motivaram críticas do promotor eleitoral do Estado de São Paulo, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, diversas representações encaminhadas à Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE-SP) e reações de candidatos rivais na disputa por uma vaga no Legislativo.

"É uma tentativa de ser um candidato exótico. Ao invés de anular o voto, uma parte do eleitorado vota no exótico", afirma Fleischer. "Tiririca vai ser muito identificado com voto de protesto. É uma bizarrice, mas representa alguma coisa em termos de protesto", completa o especialista da USP.

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"Apesar do folclórico, a decisão é racional para todas as partes", afirma Dias, do IBEP. "O dirigente partidário é obrigado a produzir o maior número de votos possíveis, por isso o partido não faz uma triagem muito rígida dos candidatos. O custo de imagem é baixo e de alguma forma atrai votos".

Figueiredo corrobora a avaliação do colega. "O candidato que é muito conhecido pela mídia tem condições de conseguir um número ponderável de votos com um investimento razoavelmente menor que os candidatos tradicionais. É interessante para os partidos ter esse tipo de candidato", diz.

O analista da UnB, por sua vez, joga nova luz sobre o processo. "Outro raciocínio é o de que o sujeito aproveita o espaço para se promover mais na sua área. O Tiririca pode querer se promover mais como humorista", afirma.

Daqui pra frente

"Acho que está havendo um aumento desse tipo de candidato. A política é uma atividade muito difícil. Formar novos quadros é difícil. Os partidos queimam etapas", analisa Dias. "Quanto pode custar a campanha do Tiririca? É muito barato". Apesar da proliferação, a presença dos candidatos "bizarros" nas campanhas não é garantia de sucesso eleitoral - pelo contrário.

"No geral, não funciona. Se você acompanhar os candidatos folclóricos, eles raramente são eleitos", afirma Dias. "É mais provável você se eleger depois de uma carreira na vida pública". "O deboche não é bom para a democracia, para a credibilidade da democracia", afirma Figueiredo. "Por outro lado, você tem nos partidos nanicos uma série de candidatos totalmente inexpressivos. Em geral, é muito baixo (o número de bizarros)", pondera.

Para os especialistas, a situação não deve mudar enquanto o sistema vigente for o de lista aberta. "Liberdade é importante na competição eleitoral em qualquer democracia. Na lista aberta, qualquer um que tem direito político em dia pode se candidatar encontrar um partido que aceite a candidatura", afirma Fleischer.

"Por outro lado, se você botar a lista fechada, só vão entrar os mafiosos do partido, só quem domina a máquina. Você não vai ver o candidato que está na rua", diz o cientista político do IBEP, que não vê maiores contratempos na existência desse tipo de candidato. "É um falso problema. A pergunta é: isso aumenta ou diminui a liberdade do processo eleitoral? Eu acho que não há problema com relação a isso", finaliza.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

SABE AQUELE SONHO DE PUBLICAR SEU LIVRO SOLO? CHEGOU A HORA...



SABE AQUELE SONHO DE PUBLICAR SEU LIVRO SOLO? CHEGOU A HORA...

PROPOSTA EDITORIAL BECO DOS POETAS
      


Proposta Editorial – Inicialmente apenas Poesias. Sugestão de como publicar seu Livro de forma simples e pratica com o apoio do Beco dos Poetas: Dados técnicos do livro sugerido: Total de paginas 80 Preço de capa sugerido 25,00 Miolo sem gravura Capa Colorida
ISBN
Ficha Catalográfica
Deposito Legal

Passo 1 - Você convida 20 amigos a adquirir seu livro via compra antecipa (de preferência parentes, amigos próximos e que compreenderam eventuais atrasos no caminho de produção do livro evitando problemas).

Passo 2-Procure um espaço público e peça autorização para fazer o lançamento no local (Sugestão de local : biblioteca, associação de moradores, clubes, um bar onde paga-se apenas a consumação e permite realizar eventos muito comum em centros urbanos, ou mesmo em sua casa na forma de festa possibilitando uma confraternização)

Passo 2 – Se mora fora de SP grave tudo em vídeos de 5 minutos e nos envie para que divulguemos em nosso videolog, se mora em SP poderá lançar em um de nossos sarais

O que vem após o lançamento?

a)- Comercializamos seu livro em nossos site e sites parceiros ao preço de 25,00 dos quais recebera 10% sobre as vendas sempre que atingir o valor de 50,00

c)-Abrimos linha direta autor editora através do qual o autor poderá solicitar “mine” edição de um mínimo 15 exemplares com desconto de 40% ( 15,00 a unidade) podendo comercializar livremente em seu blog, site ou entre amigos

OBS: Os livros poderão ser retirados no local sem custo de postagem, ou recebidos via correio a postagem é por conta do autor e modelo padrão de envio adotado é o sedex outra modalidade devera ser solicitada por escrito no momento do contrato ou do envio.


Maiores informações : Fone (11) 50212233 - Maria Jeremias dos Santos Gerente de conteúdo ou e-mail: maria@becodospoetas.com.br
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domingo, 12 de setembro de 2010

Onze de Setembro

Era uma manhã como outra qualquer
Tranqüila, agitada como é o dia a dia
De repente, o mundo parece desmoronar
Trazendo a tristeza no lugar da alegria.

Um estrondo gigantesco se ouve no ar
Nuvens de fumaças pretas se espalham
Uma bola de fogo se acende
Rompendo a normalidade, desmorona a paz.

Este dia, mês e ano jamais se irá esquecer
11 de setembro, 2001 onde pela televisão
O mundo inteiro assistia um estarrecer
As torres gêmeas e corpos demorar ao chão.

E assim, em cada onze de setembro que vem
Volta-se à lembrança a imagem do horror.
Um dia que a paz transformou-se em terror.

Ataíde Lemos

Onze de Setembro II

Um dia que o sol escureceu
A alegria emudeceu
Um estrondo no céu aconteceu
E paz naquele dia pereceu.

O céu cinzento ficou
Nuvem de poeira se espalhou
O medo em todos conta tomou
O terror pelo mundo disseminou.

Onze de Setembro não será esquecido
Um país que julgara jamais ser vencido
Com sangue de inocentes foi abatido.
Uma página que na história fora escrito.

Hoje o mundo convive com a dor
De um acontecimento marcado pelo horror
Um medo que deixou rasto de pavor
Pela ganância, arrogância e falta de amor.

Ataíde Lemos

sábado, 11 de setembro de 2010

SENSIBILIDADE





SENSIBILIDADE


Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais , nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu e ,rolando, e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: "Pronto, agora vai sarar".

E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.

Talvez os atletas fossem deficientes mentais... Mas, com certeza, não eram deficientes da sensibilidade... Por que? Porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho.

O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso de vez em quando.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Quem espera que a vida

Quem espera que a vida
seja feita de ilusão
pode até ficar maluco
e morrer na solidão
é preciso ter cuidado
pra mais tarde não sofrer...
é preciso saber viver.

(Roberto Carlos)

sábado, 4 de setembro de 2010

A CADA MANHÃ



Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova...


Carlos Benethi e Manoel Hélio
No lançamento da III Antologia do Beco dos Poetas

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Na idade média a música era muda, isto é, não existia conceito de tonalidade. Só mais tarde, no séc. IX, apareceu a polifonia – música para várias vozes em simultâneo. Ainda nesta etapa,séc. IX – XIV, começa-se a atribuir nomes às notas musicais. Desenvolve-se o “Cantochão“, conhecido também por “Canto Gregoriano“, que se caracteriza por ser um conjunto de melodias cantadas, sem acompanhamento musical, muito usadas nas missas, tendo-se tornado, naquela altura, música oficial da Igreja Católica Romana. Para além disto, surge a chamada “notação neumática“, uma espécie de escrita musical, que servia apenas como auxiliar de memória. A Idade Média é considerada a época dos trovadores, poetas-compositores de música trovadoresca, nomeadamente a “cantiga de amigo”, acompanhada pelo alaúde. No século XI surge a pauta e, no final do século XII aparece a notação rítmica ou escrita musical. De entre os vários compositores destaca-se Francesco Landini, Guillaume Machaut e Martin Codax. No que concerne aos instrumentos, salienta-se o órgão, a flauta, a harpa, a trombeta e o alaúde


Slide 3Flauta reta; Flauta transversal; Cornamusa; Viela de arco ; Viela de roda ; Alaúde ; Harpa ; Percussão ; Flauta e tambor ; Flauta dupla ; Rabeca ; Saltério ; Organetto ;

Slide 4as flautas retas englobam as flautas doces (flauta de oito furos, um deles na parte posterior destinado ao polegar) e as flautas de seis furos com agudos feitos através de harmónicos, já que não possuem o furo posterior. É classificado na Idade Média como instrumento de som suave, baixo, diferenciando-se dos instrumentos altos, como as bombardas. O que é a flauta reta ?

Slide 5Presente em Bizâncio pelo menos desde o século XI, é pela primeira vez representada no manuscrito d’Herrade de Landsberg. Os estudiosos dos instrumentos do período estão de acordo em afirmar que a flauta transversal, bem como as flautas retas, tinham formato cilíndrico. O que é a flauta transversal ?

Slide 6instrumento de sopro que consiste de um chalumeau melódico dotado de palheta dupla e inserido em um reservatório de pele hermético (odre ou saco). O ar entra no odre através de um tubo superior, com uma válvula para impedir o seu retorno. Na Idade Média este instrumento podia ou não ter um bordão. O que é a cornamusa ?

Slide 7O que é a viela de arco ? os instrumentos de cordas friccionadas da Idade Média, chamados vièle, fiddle, giga, lira, começaram a ser utilizados no século X, quando o arco surge na Europa (introduzido provavelmente pelos árabes). A viela de arco pode ter formas bastante diversas e apresenta normalmente de três a cinco cordas. Pode ser tocada apoiada no ombro ou no joelho.

Slide 8O que é a viela de roda ? ou symphonia. É uma espécie de viela em que o arco é substituído por uma roda, que fricciona as cordas sob a acção de uma manivela. As cordas são encurtadas não directamente pelos dedos, mas através de um teclado. Este instrumento pertence ao folclore desde o século XVII.

Slide 9O que é o alaúde ? o alaúde, na forma que a Renascença tornou famosa, só foi introduzido na Europa no século XII, pelos mouros, com seu nome árabe (al’ud, que se tornou laud na Espanha, depois luth na França). No fim do século XIV, adquiriu aspecto característico com caixa piriforme composta de lados de sicônomoro e o cravelhal recurvado para trás.

Slide 10O que é a harpa ? as harpas são reconhecidas por sua forma aproximadamente triangular e pelas cordas de comprimentos desiguais estendidas num plano perpendicular ao corpo sonoro. As cordas são presas por cravelhas, que podem variar de sete a vinte e cinco. A pequena harpa portátil veio sem dúvida da Irlanda, com a chegada dos monges irlandeses (a harpa é o emblema heráldico deste país).

Slide 11O que é a percussão ? Antes do século XII, praticamente não existiam, a excepção dos jogos de sinos (cymbala) empregados nos mosteiros. Só nos séculos XII e XIII aparecem na Europa provenientes provavelmente do Oriente, os tambores de dois couros, o pequeno tambor em armação, que por vezes era dotado de soalhas (pandeiro), címbalos de dedos etc.

Slide 12O que é a flauta e o tambor ? Taborin (nome dado ao executante). Flauta de três furos tocada com uma das mãos enquanto a outra toca o tambor que é sustentado no ombro ou debaixo do braço pelo mesmo executante. Animava todas as danças e festividades e o seu auge foi entre os séculos XV e XVI. Este instrumento é até hoje presente em algumas tradições no sul da França e no País Basco.

Slide 13O que é a flauta dupla ? Os instrumentos de sopro duplos são conhecidos desde Antigüidade. A flauta dupla foi um instrumento bastante utilizado e desapareceria somente no século XVI.

Slide 14O que é o saltério ? Aparece no século XII numa escultura da catedral de Santiago de Compostela. Neste instrumento as cordas são estendidas em todo o seu comprimento acima da caixa de ressonância, ao contrário do princípio da harpa. É tocado pinçando-se as cordas com os dedos ou com um plectro.

Slide 15O que é o organetto ? ou portativo (porque podia ser carregado ou portado pelo executante). Bizâncio foi o primeiro centro de construção de órgãos da Idade Média. Na figura ao lado temos uma representação do instrumentista tocando o fole com a mão esquerda, enquanto a direita executa a peça no teclado.

Slide 16O que é a rabeça ? Instrumento de cordas friccionadas com caixa monóxila, isto é, escavada em uma só peça de madeira. As formas variavam entre as ovais, elípticas ou rectangulares. De proporções menores do que a viela de arco tem um som agudo e penetrante