Os contos de fadas nem sempre foram como os conhecemos. De acordo com estudiosos e historiadores, eles foram criados nos primeiros séculos da era cristã para entreter as noites de adultos. Através da tradição oral, foram aos poucos modificados, adaptados para crianças e são utilizados até hoje como uma poderosa ferramenta de entretenimento e um importante coadjuvante na formação do caráter infantil. São pequenas histórias recheadas de atos heróicos, de exemplos de determinação e superação, de conduta ética e moral, tudo muito bem temperado com boas doses de mistério, misticismo e encantamento. Não à toa, sobrevivem à passagem do tempo e, mesmo em uma era dominada pela tecnologia e pela televisão, continuam a fazer grande sucesso.
Também não é de espantar que muitas das produções teatrais voltadas para o público infantil em cartaz na capital paulista sejam releituras ou adaptações destes clássicos. Crianças, jovens e até mesmo adultos costumam se encantar com a possibilidade de ver, no palco, personagens que já tanto povoaram seus sonhos e suas fantasias. Não raro observamos, nas platéias de espetáculos infantis, pais emocionados, que se envolvem com a trama tanto quanto os filhos.
No entanto, há alguns anos, o dramaturgo Ronaldo Ciambroni e o produtor teatral Luiggi Francesco resolveram desmistificar o universo clássico dos contos de fadas. Depois de redigir duas adaptações de muito sucesso (“A Encrenca dos Três Porquinhos – O Musical” e “A Chapeuzinho e o Lobo”), a dupla agora brinda o público paulistano com um trabalho totalmente diferente, inovador e ousado: “As Princesas do Castelo Encantado”, uma saborosa miscelânea de personagens e enredos que se propõe não apenas a entreter, mas a divertir e educar.
De acordo com Ciambroni, que assina a autoria do texto, as preocupações do mundo moderno são bastante distintas daquelas de outrora. Temas antes desconhecidos hoje são imprescindíveis em qualquer sala de aula, como os cuidados com o Meio Ambiente ou a prevenção contra o uso de drogas. “As crianças evoluíram muito. Aprendem muito mais rapidamente, se inteiram dos problemas sociais cada vez mais cedo e absorvem informações com muito mais facilidade e rapidez do que no meu tempo”, explica. Pensando nisso, Ciambroni desenvolveu um conto de fadas que empresta a personagens clássicos uma dose muito bem humorada de modernidade, sem perder o encanto das fantasias originais.
O enredo: Uma fada madrinha, já envelhecida e cansada de praticar suas magias (nem sempre tão bem sucedidas), decide morar num castelo e transformá-lo numa pensão. Contrata Washington, uma estranha criatura metade homem, metade sapo, para ser o seu mordomo. A partir de então, começa a receber suas futuras hóspedes: Branca de Neve, Cinderela, Rapunzel... Uma a uma as heroínas dos contos de fadas começam a chegar ao castelo, em busca de abrigo. Cada uma vive uma realidade bem diversa do “e viveram felizes para sempre” que conhecemos. Uma vez juntas, elas desconfiam do que está acontecendo no castelo e se unem para desvendar os mistérios que envolvem sua estadia ali.
Com uma elevada dose de humor, marca registrada de Ciambroni - também autor de obras consideradas clássicas na dramaturgia nacional, como “Donana” e “As
Filhas da Mãe” -, as “Princesas” é uma história que promete encantar o público infantil. “Existem coisas das quais não podemos fugir, que é o glamour de todas as princesas, sua beleza e jovialidade, além do uso de bom senso, inteligência, moral e ética para suplantar as dificuldades e, no final, fazer valer a supremacia do bem contra o mal”, elucida o autor.
Elemento humano: O produtor teatral Luiggi Francesco, que também é ator, diretor e empresário, explica que são necessários cuidados muito importantes na hora de colocar no palco uma história com tamanho grau de ousadia e criatividade. “Um dos segredos mais importantes de uma montagem deste nível é escolher um elenco experiente e com competência para transformar o sonho em realidade, sem fugir às características dos personagens”. Para tanto Francesco, que se alterna na direção do espetáculo com o próprio Ciambroni, recrutou algumas “pérolas” do cenário teatral paulistano, como Carla Pagani, atriz consagrada que, além de participações em televisão e cinema, traz no seu currículo a peça teatral “Trair e Coçar é só Começar”, um dos maiores fenômenos teatrais brasileiros de todos os tempos. Impagável como a Fada Madrinha, Pagani constantemente tira gargalhadas dos colegas de elenco, mesmo nos ensaios.
Outra grata surpresa que o espetáculo traz é a presença da atriz e escritora Cibele Dorsa que, mesmo se recuperando de sérios problemas pessoais, aceitou o convite para viver uma das personagens da trama e se entrega, literalmente de corpo e alma, aos ensaios da peça. Completam o elenco a experiente Carmen Sanches, que faz sucesso como uma das desmioladas irmãs de “As Filhas da Mãe”, Alinne Bello, Juliana Cerózi, Vinícius Blanco e Zé Alberto Martins. A coreografia fica a cargo do experiente Roberto Azevedo, um dos ícones brasileiros da dança.
Francesco ressalta, ainda, a necessidade do apuro técnico em todas as etapas do processo de criação do espetáculo. O cuidado maior é com a direção: a dupla Francesco/Ciambroni cria uma atmosfera de desenho animado, conferindo ao espetáculo agilidade, muito ritmo e dinamismo, além de uma marcação cênica estudada e de bom gosto. Esta fórmula já faz sucesso nos outros infantis da companhia e a técnica vem sendo aprimorada, de espetáculo a espetáculo. “Com esse enfoque de desenho animado, conseguimos nos aproximar ainda mais do público infantil, haja vista que é uma linguagem de fácil entendimento, onde os elementos e marcações cênicas tem quase tanta força quanto as falas e ajudam a desvendar todos os pormenores contidos na cena".
Glamour e ressurgimento: Antes mesmo de ir para os palcos – a estreia do espetáculo aconteceu dia 19 de fevereiro -, as “Princesas” causaram bastante expectativa no público. Além da própria temática e do “peso” do elenco, o próprio Teatro Bibi Ferreira é uma atração à parte, uma vez que tem recebido investimentos que possibilitam a sua revitalização. As cadeiras de madeira foram trocadas por poltronas almofadadas, o sistema de ar condicionado foi melhorado, os banheiros sociais foram reformados, o mármore piso do saguão está sendo recuperado. Enfim, uma série de melhorias está atraindo cada vez mais público para esse espaço cultural, considerado um dos mais charmosos e importantes da capital paulistana.
Também não é de espantar que muitas das produções teatrais voltadas para o público infantil em cartaz na capital paulista sejam releituras ou adaptações destes clássicos. Crianças, jovens e até mesmo adultos costumam se encantar com a possibilidade de ver, no palco, personagens que já tanto povoaram seus sonhos e suas fantasias. Não raro observamos, nas platéias de espetáculos infantis, pais emocionados, que se envolvem com a trama tanto quanto os filhos.
No entanto, há alguns anos, o dramaturgo Ronaldo Ciambroni e o produtor teatral Luiggi Francesco resolveram desmistificar o universo clássico dos contos de fadas. Depois de redigir duas adaptações de muito sucesso (“A Encrenca dos Três Porquinhos – O Musical” e “A Chapeuzinho e o Lobo”), a dupla agora brinda o público paulistano com um trabalho totalmente diferente, inovador e ousado: “As Princesas do Castelo Encantado”, uma saborosa miscelânea de personagens e enredos que se propõe não apenas a entreter, mas a divertir e educar.
De acordo com Ciambroni, que assina a autoria do texto, as preocupações do mundo moderno são bastante distintas daquelas de outrora. Temas antes desconhecidos hoje são imprescindíveis em qualquer sala de aula, como os cuidados com o Meio Ambiente ou a prevenção contra o uso de drogas. “As crianças evoluíram muito. Aprendem muito mais rapidamente, se inteiram dos problemas sociais cada vez mais cedo e absorvem informações com muito mais facilidade e rapidez do que no meu tempo”, explica. Pensando nisso, Ciambroni desenvolveu um conto de fadas que empresta a personagens clássicos uma dose muito bem humorada de modernidade, sem perder o encanto das fantasias originais.
O enredo: Uma fada madrinha, já envelhecida e cansada de praticar suas magias (nem sempre tão bem sucedidas), decide morar num castelo e transformá-lo numa pensão. Contrata Washington, uma estranha criatura metade homem, metade sapo, para ser o seu mordomo. A partir de então, começa a receber suas futuras hóspedes: Branca de Neve, Cinderela, Rapunzel... Uma a uma as heroínas dos contos de fadas começam a chegar ao castelo, em busca de abrigo. Cada uma vive uma realidade bem diversa do “e viveram felizes para sempre” que conhecemos. Uma vez juntas, elas desconfiam do que está acontecendo no castelo e se unem para desvendar os mistérios que envolvem sua estadia ali.
Com uma elevada dose de humor, marca registrada de Ciambroni - também autor de obras consideradas clássicas na dramaturgia nacional, como “Donana” e “As
Filhas da Mãe” -, as “Princesas” é uma história que promete encantar o público infantil. “Existem coisas das quais não podemos fugir, que é o glamour de todas as princesas, sua beleza e jovialidade, além do uso de bom senso, inteligência, moral e ética para suplantar as dificuldades e, no final, fazer valer a supremacia do bem contra o mal”, elucida o autor.
Elemento humano: O produtor teatral Luiggi Francesco, que também é ator, diretor e empresário, explica que são necessários cuidados muito importantes na hora de colocar no palco uma história com tamanho grau de ousadia e criatividade. “Um dos segredos mais importantes de uma montagem deste nível é escolher um elenco experiente e com competência para transformar o sonho em realidade, sem fugir às características dos personagens”. Para tanto Francesco, que se alterna na direção do espetáculo com o próprio Ciambroni, recrutou algumas “pérolas” do cenário teatral paulistano, como Carla Pagani, atriz consagrada que, além de participações em televisão e cinema, traz no seu currículo a peça teatral “Trair e Coçar é só Começar”, um dos maiores fenômenos teatrais brasileiros de todos os tempos. Impagável como a Fada Madrinha, Pagani constantemente tira gargalhadas dos colegas de elenco, mesmo nos ensaios.
Outra grata surpresa que o espetáculo traz é a presença da atriz e escritora Cibele Dorsa que, mesmo se recuperando de sérios problemas pessoais, aceitou o convite para viver uma das personagens da trama e se entrega, literalmente de corpo e alma, aos ensaios da peça. Completam o elenco a experiente Carmen Sanches, que faz sucesso como uma das desmioladas irmãs de “As Filhas da Mãe”, Alinne Bello, Juliana Cerózi, Vinícius Blanco e Zé Alberto Martins. A coreografia fica a cargo do experiente Roberto Azevedo, um dos ícones brasileiros da dança.
Francesco ressalta, ainda, a necessidade do apuro técnico em todas as etapas do processo de criação do espetáculo. O cuidado maior é com a direção: a dupla Francesco/Ciambroni cria uma atmosfera de desenho animado, conferindo ao espetáculo agilidade, muito ritmo e dinamismo, além de uma marcação cênica estudada e de bom gosto. Esta fórmula já faz sucesso nos outros infantis da companhia e a técnica vem sendo aprimorada, de espetáculo a espetáculo. “Com esse enfoque de desenho animado, conseguimos nos aproximar ainda mais do público infantil, haja vista que é uma linguagem de fácil entendimento, onde os elementos e marcações cênicas tem quase tanta força quanto as falas e ajudam a desvendar todos os pormenores contidos na cena".
Glamour e ressurgimento: Antes mesmo de ir para os palcos – a estreia do espetáculo aconteceu dia 19 de fevereiro -, as “Princesas” causaram bastante expectativa no público. Além da própria temática e do “peso” do elenco, o próprio Teatro Bibi Ferreira é uma atração à parte, uma vez que tem recebido investimentos que possibilitam a sua revitalização. As cadeiras de madeira foram trocadas por poltronas almofadadas, o sistema de ar condicionado foi melhorado, os banheiros sociais foram reformados, o mármore piso do saguão está sendo recuperado. Enfim, uma série de melhorias está atraindo cada vez mais público para esse espaço cultural, considerado um dos mais charmosos e importantes da capital paulistana.