quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


Este o nosso destino: amor sem conta,distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,doação ilimitada a uma completa ingratidão,e na concha vazia do amor a procura medrosa,paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito,
e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário