sexta-feira, 2 de julho de 2010

"Ego Sum Qui Sum"

Eu sou quem sou e nada mais eu sou.
Um nada, apenas ínfima parcela
De quanto a eternidade já gerou,
Um grão que ante o tempo se esfacela.

Eu sou quem já viveu, mas não morreu,
Que vive sua espera p’ra morrer.
Que em sua vida pouco sucedeu.
Porém que, ainda, espera acontecer.

Alguém que quer ser alguém, não é ninguém
Que luta essa batalha tão constante
De tantos que esperam por um instante.

De tantos que sempre buscam ir além,
Que são, mas que não sabem o que é ser
Que vivem, mas não sabem o que é viver.

Manoel Virgílio

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