Urnas apuradas: 98%
Dilma PT 46.7% 46.591.232 votos
José Serra PSDB 32.7% 32.685.706 votos
Uma estreante em eleições, que tinha ocupado apenas cargos de coadjuvante, com a pecha de ser excessivamente técnica. Um adversário que participa de votações desde os anos 80, considerado turrão, ex-governador de São Paulo e presidenciável em 2002. A alta popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, batendo nos 80%, tornou essa disputa mais equilibrada. E é disso que depende o resultado final.
O embate final entre Dilma e Serra não era desejado por Lula, que se esforçou para tirar o deputado Ciro Gomes (PSB) da disputa para resolver o confronto o quanto antes. Se o eleitorado não deu ao presidente o sabor de dar-lhe sua sucessora na primeira votação, poderá fazê-lo na segunda oportunidade com o reforço de vários governadores, senadores e deputados eleitos com a ajuda do petista.
Filiada ao PT há menos de uma década, a ex-pedetista Dilma não teve tanto trabalho como o rival Serra para domar os vários interesses de aliados. Mas com mais um mês de campanha, o apoio costuma ficar mais caro para os presidenciáveis, traduzindo-se mais tarde em cargos públicos de prestígio. Nada fácil para uma mulher que aprendeu apenas recentemente a transitar no mundo político.
Até agora, Dilma não precisou de sólidos compromissos de campanha. Bastou mostrar o legado da gestão atual e indicar que pretende seguir o modelo de coalizão adotado pelo petista em seu segundo mandato, sem espaço para extremismos, mas com bastante possibilidade de fisiologismo. Mas, ao contrário de Lula, já poderá fazer campanha dizendo ter maioria na Câmara dos Deputados e no Senado.
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