
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice LispectorRenda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice LispectorSó em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Quem não for belo aos vinte anos, forte aos trinta, esperto aos quarenta e rico aos cinquenta, não pode esperar ser tudo isso depois.
Martinho LuteroLocal: Museu Paulista da USP (Ipiranga)
Endereço: Parque da Independência, s/n
Telefone: (11) 2065-8001
Horário: 9h às 17 h
Entrada: R$ 6 (R$ 3 - meia entrada)
Entrada gratuita para crianças até 6 e adultos acima de 60.
Fonte: FEAMBRA
O choro durante séculos
nos seus olhos traidores pela servidão dos homens
no desejo alimentado entre ambições de lufadas românticas
nos batuques choro de África
nos sorrisos choro de África
nos sarcasmos no trabalho choro de África
Sempre o choro mesmo na vossa alegria imortal
meu irmão Nguxi e amigo Mussunda
no círculo das violências
mesmo na magia poderosa da terra
e da vida jorrante das fontes e de toda a parte e de todas as almas
e das hemorragias dos ritmos das feridas de África
e mesmo na morte do sangue ao contato com o chão
mesmo no florir aromatizado da floresta
mesmo na folha
no fruto
na agilidade da zebra
na secura do deserto
na harmonia das correntes ou no sossego dos lagos
mesmo na beleza do trabalho construtivo dos homens
o choro de séculos
inventado na servidão
em historias de dramas negros almas brancas preguiças
e espíritos infantis de África
as mentiras choros verdadeiros nas suas bocas
o choro de séculos
onde a verdade violentada se estiola no circulo de ferro
da desonesta forca
sacrificadora dos corpos cadaverizados
inimiga da vida
fechada em estreitos cérebros de maquinas de contar
na violência
na violência
na violência
O choro de África e' um sintoma
Nos temos em nossas mãos outras vidas e alegrias
desmentidas nos lamentos falsos de suas bocas - por nós!
E amor
e os olhos secos.
Agostinho Neto
Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/angola.htmlAo coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
Uma versão internacional da mostra De dentro para fora / De fora para dentro, que em 2009 e 2010 levou mais de 140 mil visitantes ao MASP, pode ser vista na cidade até 23 de dezembro. De dentro e de fora (www.dedentroedefora.com), que está em cartaz no Museu e imediações desde 17 de agosto, traz ao Brasil alguns dos mais importantes nomes da arte urbana mundial, vindos dos Estados Unidos, Argentina, República Tcheca e França.
Iniciativa do curador do MASP Teixeira Coelho, a mostra tem curadoria especial de Baixo Ribeiro, Eduardo Saretta e Mariana Martins e utiliza a arquitetura do MASP como base para o graffiti, fotografia, vídeo, escultura, pintura, muralismo, colagem e instalações.
A curadoria foi especialmente cuidadosa na escolha e no desenvolvimento de cada projeto de cada artista. Destaque em seus países e com reconhecimento internacional, os oito convidados são artistas multimídia que transitam por diferentes linguagens: instalações, pintura, animação, escultura ou desenho. “Convidamos artistas capazes de expandir a experiência do público para além da plasticidade nessa exposição. Queríamos que o público pudesse aumentar sua participação e interação com a arte apresentada”, diz Baixo Ribeiro.
Os franceses Remed, JR e Invader, o tcheco Point, os argentinos Tec, Defi e Chu e a norte-americana Swoon (perfis ao final do texto) estiveram em São Paulo por cerca de um mês para desenvolver suas instalações e obras no MASP e vias próximas. Entre os convidados especiais que realizam intervenções durante o período da exposição está o coletivo BijaRi, único grupo brasileiro participando da mostra.
Aos 16 anos, começou a estudar arte. Como não havia atingido a maioridade, foi-lhe recusada permissão quando procurou alistar-se no Exército durante a Primeira Guerra Mundial. Conjuntamente com um amigo, decidiu então juntar-se à Cruz Vermelha. Pouco tempo depois, foi enviado para França, onde passou um ano a dirigir ambulâncias da Cruz Vermelha.
De volta aos Estados Unidos, matriculou-se na "Kansas City Arts School". Foi iniciado na Ordem DeMolay, a qual freqüentou por muitos anos.
Em seguida, trabalhou em algumas agências publicitárias. A seguir, entrou para uma companhia cinematográfica, na qual ajudava a fazer os cartazes de propaganda dos filmes. Walt Disney também pertenceu ao Movimento Escoteiro.
Com o irmão Roy e o amigo Ub Iwerks, criou a pequena produtora "Laugh-O-Gram", que animava contos de fadas. Esses desenhos animados eram exibidos no cinema local antes dos filmes. Em 1923, mudaram-se para Hollywood, em Los Angeles. Em Hollywood, Walt Disney contatou a distribuidora de filmes M. J. Wrinkler, dizendo que o seu estúdio de animação tinha diversos filmes para vender. Wrinklers não só aceita a oferta como também aceita pagar 1500 dólares por cada filme.
Depois de angariar dinheiro, adquirir material, contratar pessoal e arranjar pessoal, Walt começa a fazer planos: Alice, uma série em que uma moça convivia com personagens de cenário animado. Foi durante este tempo de imenso trabalho em que Walt conheceu sua futura esposa, Lilian Bonds. Depois de Alice, veio Oswald, o coelho sortudo, um grande sucesso que levou à reavaliação dos valores dos contratos quanto aos preços dos filmes. Foi para Nova Iorque, onde foi apanhado de surpresa. O patrão para quem Walt desenhou Alice e Oswald, roubou-lhe os personagens, a equipe de desenhistas e as encomendas, porque as mesmas não foram assinadas em seu nome. Walt enviou um telegrama ao irmão dizendo que tudo estava certo e para não se preocupar, pois ele já tinha em mente uma personagem espetacular: Mickey Mouse.
Um dos mais famosos musicais do mundo, MAMMA MIA! chega ao Brasil para temporada no Teatro Abril, apresentado pelo Bradesco Seguros e Previdência e co-patrocínio Cielo e Telefonica. Sucesso arrebatador que já foi traduzido para quatorze idiomas, como japonês, italiano, coreano, dinamarquês, francês, alemão, espanhol e russo, MAMMA MIA! chega agora ao Brasil com versão em português ESTREIOU em São Paulo, dia 10 de novembro (para convidados) e 11 de novembro (para o público).
A realização é da TIME FOR FUN. Clientes American Express MemberShip Cards e do Bradesco Cartões possuem descontos e pagam em até 3 vezes sem juros no cartão. Mais informações no site oficial: www.musicalmammamia.com.br.
Esta foi uma das escritoras que mais se destacou no Brasil, tendo vários títulos como a melhore em questões de cultura, saber, e romantismo através das escritas. Vamos todos relembrar algumas das Frases e Mensagens que ela nos deixou.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar!
Cora Coralina
Esse ano, tema da exposição de arranjos florais, uma das principais atrações da Expoflora, é o Ano Holanda Brasil, em comemoração aos 100 anos da imigração holandesa no país. Entre as atrações fixas estão, também, a 7ª Mostra de paisagismo e jardinagem, Minha Casa & Meu Jardim, a Chuva de Pétalas, o passeio turístico por Holambra, que inclui a visita a um campo de flores, as danças folclóricas e a culinária holandesa.
O nome Holambra, cidade onde o evento acontece, é a junção das palavras Holanda, América e Brasil. Trata-se de uma antiga colônia holandesa localizada a 140 km da Capital de São Paulo. Com apenas 10 mil habitantes, o município responde por 40% do comércio brasileiro de flores e plantas ornamentais e por 80% das exportações. Durante o mês do evento, a cidade recebe cerca de 300 mil visitantes.
Data: Até 25 de Setembro.
Informações:(19)3802-1421
Eu nunca falei à toa. Sou um cabôco rocêro, Que sempre das coisa boa Eu tive um certo tempero. Não falo mal de ninguém, Mas vejo que o mundo tem Gente que não sabe amá, Não sabe fazê carinho, Não qué bem a passarinho, Não gosta dos animá. Já eu sou bem deferente. A coisa mió que eu acho É num dia munto quente Eu i me sentá debaxo De um copado juazêro, Prá escutá prazentêro Os passarinho cantá, Pois aquela poesia Tem a mesma melodia Dos anjo celestiá. Não há frauta nem piston Das banda rica e granfina Pra sê sonoroso e bom Como o galo de campina, Quando começa a cantá Com sua voz naturá, Onde a inocença se incerra, Cantando na mesma hora Que aparece a linda orora Bejando o rosto da terra. O sofreu e a patativa Com o canaro e o campina Tem canto que me cativa, Tem musga que me domina, E inda mais o sabiá, Que tem premêro lugá, É o chefe dos serestêro, Passo nenhum lhe condena, Ele é dos musgo da pena O maiô do mundo intêro. Eu escuto aquilo tudo, Com grande amô, com carinho, Mas, às vez, fico sisudo, Pruquê cronta os passarinho Tern o gavião maldito, Que, além de munto esquisito, Como iguá eu nunca vi, Esse monstro miserave É o assarsino das ave Que canta pra gente uví. Muntas vez, jogando o bote, Mais pió de que a serpente, Leva dos ninho os fiote Tão lindo e tão inocente. Eu comparo o gavião Com esses farão cristão Do instinto crué e feio, Que sem ligá gente pobre Quê fazê papé de nobre Chupando o suó alêio. As Escritura não diz, Mas diz o coração meu: Deus, o maió dos juiz, No dia que resorveu A fazê o sabiá Do mió materiá Que havia inriba do chão, O Diabo, munto inxerido, Lá num cantinho, escondido, Também fez o gavião. De todos que se conhece Aquele é o passo mais ruim É tanto que, se eu pudesse, Já tinha lhe dado fim. Aquele bicho devia Vivê preso, noite e dia, No mais escuro xadrez. Já que tô de mão na massa, Vou contá a grande arruaça Que um gavião já me fez. Quando eu era pequenino, Saí um dia a vagá Pelos mato sem destino, Cheio de vida a iscutá A mais subrime beleza Das musga da natureza E bem no pé de um serrote Achei num pé de juá Um ninho de sabiá Com dois mimoso fiote. Eu senti grande alegria, Vendo os fíote bonito. Pra mim eles parecia Dois anjinho do Infinito. Eu falo sero, não minto. Achando que aqueles pinto Era santo, era divino, Fiz do juazêro igreja E bejei, como quem bêja Dois Santo Antõi pequenino. Eu fiquei tão prazentêro Que me esqueci de armoçá, Passei quage o dia intêro Naquele pé de juá. Pois quem ama os passarinho, No dia que incronta um ninho, Somente nele magina. Tão grande a demora foi, Que mamãe (Deus lhe perdoi) Foi comigo à disciprina. Meia légua, mais ou meno, Se medisse, eu sei que dava, Dali, daquele terreno Pra paioça onde eu morava. Porém, eu não tinha medo, Ia lá sempre em segredo, Sempre. iscondido, sozinho, Temendo que argúm minino, Desses perverso e malino Mexesse nos passarinho. Eu mesmo não sei dizê O quanto eu tava contente Não me cansava de vê Aqueles dois inocente. Quanto mais dia passava, Mais bonito eles ficava, Mais maió e mais sabido, Pois não tava mais pelado, Os seus corpinho rosado Já tava tudo vestido. Mas, tudo na vida passa. Amanheceu certo dia O mundo todo sem graça, Sem graça e sem poesia. Quarqué pessoa que visse E um momento refritisse Nessa sombra de tristeza, Dava pra ficá pensando Que arguém tava malinando Nas coisa da Natureza. Na copa dos arvoredo, Passarinho não cantava. Naquele dia, bem cedo, Somente a coã mandava Sua cantiga medonha. A menhã tava tristonha Como casa de viúva, Sem prazê, sem alegria E de quando em vez, caía Um sereninho de chuva. Eu oiava pensativo Para o lado do Nascente E não sei por quá motivo O só nasceu diferente, Parece que arrependido, Detrás das nuve, escondido. E como o cabra zanôio, Botava bem treiçoêro, Por detrás dos nevoêro, Só um pedaço do ôio. Uns nevoêro cinzento Ia no espaço correndo. Tudo naquele momento Eu oiava e tava vendo, Sem alegria e sem jeito, Mas, porém, eu sastifeito, Sem com nada me importá, Saí correndo, aos pinote, E fui repará os fiote No ninho do sabiá. Cheguei com munto carinho, Mas, meu Deus! que grande agôro! Os dois véio passarinho Cantava num som de choro. Uvindo aquele grogeio, Logo no meu corpo veio Certo chamego de frio E subindo bem ligêro Pr’as gaia do juazêro, Achei o ninho vazio. Quage que eu dava um desmaio, Naquele pé de juá E lá da ponta de um gaio, Os dois véio sabiá Mostrava no triste canto Uma mistura de pranto, Num tom penoso e funéro, Parecendo mãe e pai, Na hora que o fio vai Se interrá no cimitéro. Assistindo àquela cena, Eu juro pelo Evangéio Como solucei com pena Dos dois passarinho véio E ajudando aquelas ave, Nesse ato desagradave, Chorei fora do comum: Tão grande desgosto tive, Que o meu coração sensive Omentou seus baticum. Os dois passarinho amado Tivero sorte infeliz, Pois o gavião marvado Chegou lá, fez o que quis. Os dois fiote tragou, O ninho desmantelou E lá pras banda do céu, Depois de devorá tudo, Sortava o seu grito agudo Aquele assassino incréu. E eu com o maiô respeito E com a suspiração perra, As mão posta sobre o peito E os dois juêio na terra, Com uma dó que consome, Pedi logo em santo nome Do nosso Deus Verdadêro, Que tudo ajuda e castiga: Espingarda te preciga, Gavião arruacêro! Sei que o povo da cidade Uma idéia inda não fez Do amô e da caridade De um coração camponês. Eu sinto um desgosto imenso Todo momento que penso No que fez o gavião. E em tudo o que mais me espanta É que era Semana Santa! Sexta-fêra da Paixão! Com triste rescordação Fico pra morrê de pena, Pensando na ingratidão Naquela menhã serena Daquele dia azalado, Quando eu saí animado E andei bem meia légua Pra bejá meus passarinho E incrontei vazio o ninho! Gavião fí duma égua! Patativa do Assaré |
A canção brasileira mais uma vez ganha grande destaque durante a realização da 4ª Semana da Canção Brasileira, que acontece entre os dias 12 e 18 de setembro, na estância turística e Patrimônio Histórico Nacional, a cidade de São Luiz do Paraitinga. Em sua quarta edição, o núcleo de formação potencializa sua programação oferecendo inúmeras oficinas para alunos e professores da rede pública da cidade, para o público participante e já cativo do evento, além de shows em vários espaços da cidade, com atrações que vão dos consagrados Dominguinhos, Leci Brandão e Geraldo Azevedo, até novos talentos como Tulipa Ruiz, Kiko Dinucci e Romulo Fróes, sem esquecer o público infantil, com shows de Hélio Ziskind e Banda Mirim. O evento é uma realização do Ministério da Cultura, da cidade de São Luiz do Paraitinga, apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e patrocínio da SABESP e CESP através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. |
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...